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    Risco de proliferação nuclear do Irã é “ameaça crítica”, diz chefe de espionagem francês

    Reino Unido e França estão elaborando estratégias para se preparar para contra isso

    John IrishGabriel Stargardterda Reuters

    O risco de proliferação nuclear do Irã é uma séria ameaça nos próximos meses, e Reino Unido e França estão elaborando estratégias para se preparar para isso, disse o chefe do serviço de inteligência estrangeira da França nesta sexta-feira (29).

    “Nossos serviços estão trabalhando lado a lado para enfrentar o que é, sem dúvida, uma das ameaças, para não dizer a ameaça mais crítica, nos próximos meses — a possível proliferação atômica no Irã”, disse Nicolas Lerner na embaixada britânica em Genebra.

    Seus raros comentários públicos ocorrem no momento em que o Irã e as potências europeias se reúnem em Genebra para discutir o programa nuclear do Irã, a situação no Oriente Médio e os laços de Teerã com a Rússia em meio à guerra na Ucrânia.

    Entenda os conflitos no Oriente Médio

    No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

    A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

    A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

    Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

    Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

    Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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