Rubio diz que medidas de Israel para anexar Cisjordânia ameaçam acordo

Um projeto que aplica a lei israelense à Cisjordânia ocupada recebeu aprovação preliminar do parlamento nesta quarta-(22)

Reuters
Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington  • 17/07/2025 REUTERS/Nathan Howard
Compartilhar matéria

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse nesta quarta-feira (22) que a decisão do parlamento israelense de anexar a Cisjordânia ameaçaria o plano do presidente americano Donald Trump de encerrar o conflito em Gaza.    

Questionado por repórteres sobre o possível avanço do parlamento israelense sobre o território, Rubio disse: "Isso é uma votação no Knesset. Mas, obviamente, acho que o presidente deixou claro que não é algo que apoiaríamos agora. E achamos que isso ameaça até o acordo de paz"

Rubio estará em Israel de 22 a 25 de outubro, informou o Departamento de Estado, com o anúncio sendo feito em meio a um frágil cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas.

Um projeto que aplica a lei israelense à Cisjordânia ocupada, uma medida equivalente à anexação de terras que os palestinos querem para um Estado, recebeu aprovação preliminar do parlamento israelense nesta quarta-feira (22).

A votação foi a primeira das quatro necessárias para aprovar a lei e coincidiu com a visita do vice-presidente dos EUA, JD Vance, a Israel, um mês depois de o presidente Donald Trump dizer que não permitiria que Israel anexasse a Cisjordânia.

 

O partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não apoiou a legislação, que foi apresentada por parlamentares de fora da coalizão governista e aprovada por 25 votos a 24, em um total de 120 parlamentares.

Um segundo projeto de lei, de um partido de oposição, propondo a anexação do assentamento de Maale Adumim, foi aprovado por 31 votos a 9.

Alguns membros da coalizão de Netanyahu — do partido Poder Judaico do Ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir — votaram a favor do projeto de lei, que exigiria um longo processo legislativo para ser aprovado.