Rússia afirma ter capturado aldeia na região ucraniana de Donetsk
Ofensiva de Moscou acontece em meio à esforços dos EUA e da Europa para pôr fim ao conflito

Forças russas capturaram a vila de Oleksandro-Shultyne na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou o Ministério da Defesa russo na quinta-feira (21).
Um vídeo compartilhado pelo ministério mostrou tropas jogando dispositivos explosivos entre prédios que supostamente ficavam na vila.
A Reuters conseguiu verificar de forma independente a localização com a posição dos edifícios, postes e trilhos de trem que correspondiam às imagens de satélite da área. A data em que o vídeo foi filmado não foi verificada.
Moscou disse que suas tropas realizaram ataques à infraestrutura energética ucraniana, instalações militares-industriais e infraestrutura de aeródromos durante a noite.
A ofensiva acontece em meio à negociações de paz entre Rússia e Ucrânia mediadas pelos EUA. No início desta semana, líderes europeu se reuniram com presidente americano Donald Trump para discutir o conflito e pedir garantias de segurança à Kiev.
O encontro terminou sem resolução, mas conversas estão em andamento para assegurar uma conversa entre Putin e Zelensky.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.