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    Sanções à Rússia não estão funcionando, diz ex-secretário do Tesouro dos EUA

    Em entrevista à CNN, Larry Summers disse que faltou a participação de economias importantes, como China, Índia e Turquia, nos bloqueios comerciais

    Ramishah Marufda CNN

    O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers, disse que, enquanto a guerra da Ucrânia completa um ano, os tetos de preço sobre o petróleo russo devem ser reforçados para maximizar o impacto das sanções no país.

    Ex-presidente da Universidade de Harvard, Summers disse a Fareed Zakaria no programa GPS, da CNN, neste domingo (26), que as sanções econômicas à Rússia não tiveram um efeito mais forte porque países que representam uma parte significativa do PIB mundial, como China, Índia e Turquia, não participaram.

    A economia da Rússia deve crescer 0,3% neste ano, informou o FMI, melhor do que o Reino Unido ou a Alemanha, apesar das sanções e do congelamento das reservas do banco central do país.

    O comércio com os vizinhos da Rússia “aumentou consideravelmente no ano passado, o que sugere que eles estão servindo como um ponto de passagem para as mercadorias entrarem na Rússia”, disse Summers.

    Summers disse que o conflito agora se tornou uma “guerra de atrito”, ou seja, uma estratégia militar em que um lado está tentando desgastar o outro até ponto da fadiga.

    A maneira de vencer o aspecto econômico disso, disse Summers, é apoiar a economia da Ucrânia, que tem cidades bombardeadas e milhões de pessoas desamparadas.

    Os recursos russos deveriam ser a principal fonte para pagar a conta da reconstrução da Ucrânia, disse Summers.

    Os ativos russos deveriam ser usados para apoiar “o mundo em desenvolvimento que pagou e sofreu enormemente com os preços mais altos de alimentos e energia por causa da agressão russa”, afirmou Summers.

    Poderia criar um “precedente saudável” o fato de países envolvidos em agressões internacionais, como a Rússia, perderem ativos estatais, acrescentou Summers.

    Os fundos russos são mantidos em instituições internacionais, “que, por sua vez, retêm os créditos sobre os tesouros dos principais países, principalmente os Estados Unidos e os europeus”. Isso da a essas instituições a capacidade de confiscar ativos e usá-los como bem entenderem, com “fortes precedentes” de casos na Guerra do Iraque.

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