Sudão: líder paramilitar quer derrotar chefe do exército e "levá-lo à justiça"

Combates que tiveram início no último sábado deixaram quase 100 mortos e mais de 300 feridos, abrindo margem para a eclosão de uma guerra civil no país africano

Mostafa Salem, da CNN
bombardeios causam morte e destruição à capital do país, Cartum  • Mahmoud Hjaj/Anadolu Agency via Getty Images
Compartilhar matéria

O líder das Forças de Apoio Rápido (RSF), o grupo sudanês que luta contra os militares do país, disse que vai perseguir o chefe das forças armadas "e levá-lo à justiça".

Forças leais aos dois generais rivais disputam o controle do Sudão e intensificaram os combates em diferentes cidades do país. Desde o último sábado, os confrontos já deixaram quase 100 mortos e mais de 300 feridos.

“Estamos lutando contra os islâmicos radicais que esperam manter o Sudão isolado e no escuro, e longe da democracia. Continuaremos a perseguir (o chefe militar Abdel Fattah) Al-Burhan e levá-lo à justiça”, disse o líder do RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, também conhecido como Hemedti, no Twitter.

“Não atacamos ninguém. Nossas ações são apenas uma resposta ao cerco e ataque contra nossas forças. Estamos lutando para que o povo do Sudão assegure o progresso democrático, pelo qual há tanto anseia", acrescentou.

Hemedti e o líder militar Burhan, que já foram aliados, agora estão presos em uma luta pelo poder sobre quem será subordinado a uma potencial nova hierarquia de governo civil.

Seu conflito trouxe morte e destruição para a população civil no Sudão.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em
inglêsVer original