Suspeito de ataque na Universidade de Brown cometeu suicídio, diz perícia

Após a autópsia, autoridades estimam que Claudio Neves Valente teria cometido suicídio em 16 de dezembro, três dias após o crime

Taylor Romine, da CNN
Entrada da Universidade Brown interditada após ataque neste sábado (13)  • Kyle Mazza/Anadolu via Getty Images
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Claudio Neves Valente, o suspeito de ser o atirador no caso da Universidade Brown, em Providence, no estado americano de Rhode Island, teria cometido suicídio em 16 de dezembro, segundo um comunicado divulgado pelo médico legista de New Hampshire após a realização da autópsia.

“Com base nos resultados dos exames e nas informações investigativas disponíveis até o momento, estima-se que o Sr. Neves Valente tenha falecido em 16 de dezembro de 2025”, diz o comunicado à imprensa.

O desafio para os investigadores agora é reconstruir o motivo da ação sem poder interrogar o suspeito, disse Jonathan Wackrow, analista de segurança pública da CNN e ex-agente do Serviço Secreto.

Com o atirador morto, as autoridades policiais precisam se basear em evidências digitais mínimas, mandados de busca e pistas físicas para entender o que motivou o ataque, disse Wackrow.

Ele enfatizou que investigações como essa não acontecem isoladamente. "As forças policiais não operam de forma isolada", disse ele, observando que denúncias do público, incluindo informações compartilhadas online, podem fornecer pistas cruciais.

Relembre o ataque a tiros

O ataque a tiros na Universidade Brown, em Providence, no estado americano de Rhode Island, deixou dois estudantes mortos e outros nove feridos na instituição da Ivy League no sábado (13), informaram as autoridades.

A universidade permaneceu em lockdown por horas após um suspeito armado entrar em um prédio onde os alunos faziam provas.

O atirador fugiu após disparar contra estudantes em uma sala de aula do prédio de engenharia Barus & Holley, onde as portas externas estavam destrancadas enquanto as provas estavam sendo realizadas, disseram as autoridades.

Todas as vítimas eram estudantes, disse a reitora da universidade, Christina Paxson, em um e-mail para a comunidade.

O suspeito empregou uma série de contramedidas para evitar ser rastreado, além da troca de placas de veículos em diferentes cidades, aparentemente planejando com antecedência como evitar câmeras de vigilância e tecnologia de reconhecimento facial, tornando-se irreconhecível, disse um oficial.