Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    William Waack

    Tensão política na Venezuela aumenta e ofusca posse de Nicolás Maduro

    Governo amplia perseguição a opositores políticos; María Corina Machado denuncia detenção em protesto

    Salvador Stranoda CNN

    A oposição venezuelana denunciou nesta quinta-feira (9) a prisão de María Corina Machado, líder do grupo. Ainda segundo os opositores, ela foi solta em seguida. O governo venezuelano nega a prisão. Corina participava de manifestação contra a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para amanhã. 

    A líder da oposição estava numa manifestação em Chacao, em sua primeira aparição pública em mais de cem dias. 

    Ela teria sido detida após discursar no ato oposicionista. O local estava cercado por agentes de segurança armados que teriam efetuado disparos em direção a Maria Corina. Ela teria sido presa de maneira violenta enquanto deixava a manifestação, segundo relatos da oposição. 

    Pouco mais de uma hora após o ocorrido, a equipe de María Corina disse que ela havia sido libertada. Segundo a nota, a opositora foi derrubada da moto onde estava, retirada à força da manifestação e forçada a gravar vídeos antes de ser solta.

    Corina foi impedida de concorrer às eleições do último ano e é acusada pelo regime chavista de traição à pátria.

    Expatriados vão às ruas 

    Centenas de venezuelanos que vivem no exterior organizaram manifestações contra Maduro nesta quinta-feira. 

    A principal delas ocorreu na República Dominicana, onde está Edmundo González, o adversário de Maduro na eleição do ano passado. A oposição afirma que González ganhou a disputa com mais de 70% dos votos.

    Na capital, Santo Domingo, o ex-diplomata se reuniu com o presidente Luis Abinader e com outros sete ex-chefes de estado ou de governo que reconhecem a vitória de González. O grupo afirma estar a caminho de Caracas, numa tentativa de garantir que González assuma a presidência no lugar de Nicolás Maduro.

    “A única maneira de respeitar a soberania do nosso país é reconhecer o mandato popular e soberano expressado no dia 28 de julho”, disse González na reunião.

    O regime venezuelano ampliou a repressão política às vésperas da cerimônia de posse de Maduro, prevista para esta sexta-feira (10). Investigadores emitiram um comunicado de “procura-se” para o grupo que acompanha Edmundo González.

    O ministro do Interior, Diosdado Cabello, ameaçou abater qualquer avião clandestino que sobrevoe o país, mesmo que carregue líderes políticos do exterior.

    Nos últimos dias, ocorreu uma onda de prisões arbitrárias contra opositores do regime. 

    Entre os detidos estão o ativista Carlos Correa e o ex-candidato à presidência, Enrique Márquez.

    Maduro classificou as denúncias como “pataquadas da oposição, interna e externa”.

    Tópicos