Trégua entre Israel e Hamas prossegue; egípcios negociam ‘continuidade’ da calma
Cessar-fogo começou antes do amanhecer de sexta-feira (21); palestinos e israelenses agora avaliam os danos de 11 dias de conflitos

A trégua entre Israel e militantes palestinos liderados pelo Hamas na Faixa de Gaza prossegue neste sábado (22), enquanto mediadores egípcios pressionam as negociações com os dois lados para garantir a “permanência da calma de longo prazo”, disseram autoridades.
O cessar-fogo começou antes do amanhecer de sexta-feira (21), e palestinos e israelenses agora avaliam os danos de 11 dias de hostilidades com ataques aéreos e disparos de foguetes.
As autoridades palestinas estimam os custos de reconstrução em dezenas de milhões de dólares e as autoridades médicas disseram que 248 pessoas morreram em Gaza. A devastação levantou preocupações sobre a situação humanitária no enclave densamente povoado.
Economistas afirmaram que o conflito pode limitar a recuperação econômica de Israel durante a pandemia de Covid-19, e médicos disseram que os ataques palestinos mataram 13 pessoas em Israel, onde os ataques com foguetes causaram pânico em algumas comunidades.
Uma fonte familiarizada com o planejamento disse que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitará Israel e a Autoridade Palestina na Cisjordânia entre a próxima quarta-feira (26) e quinta-feira (27), na esperança de ampliar a trégua mediada pelo Egito.
O Egito enviou uma delegação a Israel na sexta-feira (21) para discutir formas de firmar o cessar-fogo, inclusive com ajuda aos palestinos em Gaza, disseram autoridades do Hamas à Agência Reuters.
Os delegados, desde então, estão viajando entre Israel e Gaza, com as negociações prosseguindo ao longo deste sábado (22), disseram as autoridades.
Apesar dos confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos em um local sagrado em Jerusalém na sexta-feira (21), não houve relatos de lançamentos de foguetes do Hamas de Gaza ou ataques militares israelenses no enclave na manhã de hoje (22).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira (20) que Washington trabalhará com as Nações Unidas para levar ajuda humanitária e apoiar a reconstrução de Gaza, com salvaguardas contra fundos usados para armar o Hamas.