Trump diz que passou por ressonância magnética, mas não explica motivo

Presidente dos EUA reforçou que resultados foram "perfeitos"; exame aconteceu durante segundo check-up neste ano

Betsy Klein
Presidente dos EUA, Donald Trump
Presidente dos EUA, Donald Trump  • REUTERS/Kevin Lamarque
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira (27) que passou por uma ressonância magnética durante uma visita recente ao Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, no início de outubro.

Essa é a primeira justificativa para o segundo exame médico do presidente americano neste ano. Ao mesmo tempo, isso levantou novas questões sobre a saúde do republicano.

"Fiz sim. Fiz uma ressonância magnética. Foi perfeita. Eu dei a vocês os resultados completos. Fizemos uma ressonância magnética, e o aparelho, vocês sabem, tudo, e foi perfeito", disse Trump a repórteres a bordo do avião presidencial.

Entretanto, ele se recusou a dizer por que fez a ressonância magnética, dizendo aos repórteres para "perguntarem aos médicos".

Aos 79 anos, Trump é um dos presidentes mais velhos da história dos EUA.

Ele afirmou que os médicos ofereceram aos repórteres um relatório "muito conclusivo" do exame, mas a Casa Branca não havia divulgado o motivo desse segundo check-up -- que é incomum, visto que os presidentes americanos geralmente fazem um único exame abrangente por ano.

"Acho que eles deram a vocês um relatório muito conclusivo – ninguém nunca deu a vocês relatórios como eu dei. E se eu também não achasse que seria bom, eu os avisaria negativamente. Eu faria alguma coisa", garantiu.

"Mas o médico disse que [os exames mostraram] alguns dos melhores relatórios [médicos] para a época, alguns dos melhores relatórios que eles já viram", alegou.

Histórico de saúde de Trump

Em julho, a Casa Branca havia anunciado que Trump foi examinado por inchaço nas pernas e foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica.

A insuficiência venosa crônica é uma condição na qual as válvulas dentro de certas veias não funcionam como deveriam, o que pode permitir que o sangue se acumule nas veias.

Milhares de pessoas são diagnosticadas com esse quadro todos os anos, sendo mais comum conforme o avançar da idade.

Os sintomas podem incluir inchaço na parte inferior das pernas ou tornozelos, dores ou cãibras nas pernas, varizes, dor ou alterações na pele. O tratamento pode envolver medicamentos ou, em estágios mais avançados, procedimentos médicos.

Também foram levantadas dúvidas relacionadas a hematomas frequentes na mão direita de Trump, que ele às vezes parece esconder com maquiagem pesada.

O médico da Casa Branca, doutor Sean Barbabella, atribuiu isso a uma combinação de "apertos de mão frequentes" e uso de aspirina, o que pode aumentar os hematomas.

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