Trump eleva tensão com Petro e Maduro em ação militar na América do Sul

Novo ataque a embarcação foi seguido do envio de um dos principais ativos da Marinha americana ao Caribe, o USS Gerald R. Ford

Da CNN Brasil
Porta-aviões americano USS Dwight D. Eisenhower
Porta-aviões americano USS Dwight D. Eisenhower  • USS Dwight D. Eisenhower official website
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O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou um novo ataque no Caribe na sexta-feira (24), elevando as tensões na América Latina.

Este foi o décimo ataque na região desde o dia 2 de setembro e amplia a operação militar da campanha antidrogas do presidente americano Donald Trump na região.

A ofensiva foi seguida do envio de um dos principais ativos da Marinha americana ao Caribe, o USS Gerald R. Ford, que é considerado o maior porta-aviões do mundo.

A embarcação é equipada com um reator nuclear e pode abrigar até 75 aeronaves militares.

Trump também reiterou planos de iniciar uma ofensiva terrestre em solo venezuelano, o que representa um aumento das tensões entre os países. Ele afirmou que, se tomar essa medida, seu governo provavelmente informará o Congresso dos EUA.

Até agora, 43 pessoas morreram nos ataques no Caribe e no Pacífico, que foram realizados sem procedimentos judiciais ou declaração de guerra pelo Congresso dos Estados Unidos.

Em resposta à operação militar na região, o líder venezuelano Nicolás Maduro, fez um apelo por paz dizendo "não a loucura da guerra".

Falando em inglês, Maduro defendeu a harmonia durante um discurso transmitido pela televisão estatal.

O líder chavista nega qualquer envolvimento com o tráfico de drogas e condena os ataques americanos como violações da soberania venezuelana.

Na última quinta-feira (23), Maduro anunciou a mobilização de cinco mil mísseis de sistemas de defesa aérea Igla-S, fabricados pela Rússia, em posições estratégicas em todo o país, enfatizando seu papel na salvaguarda da paz e da estabilidade venezuelana.

Crise EUA-Colômbia

Como parte da ação contra as drogas na América Latina, os EUA anunciaram sanções ao presidente colombiano Gustavo Petro, a esposa Verónica Alcocer, o filho Nicolás Petro e o ministro do Interior colombiano, Armando Benedetti, alegando apoio ao "tráfico global de drogas".

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que o líder colombiano permitiu que os cartéis prosperassem na região e não impediu essa atividade, afirmando que a produção de drogas teve o ritmo acelerado sob a gestão do Petro.

A relação entre Colômbia e Estados Unidos chegou ao nível mais baixo da história recente e vem piorando desde que Donald Trump assumiu a presidência, em janeiro.

Na semana passada, Trump chamou Petro de "líder do tráfico ilegal de drogas" e alertou ao líder colombiano que fechasse as rotas dos criminosos em território colombiano, ou ele mesmo fecharia.

"É melhor fechar esses campos de extermínio imediatamente, ou os Estados Unidos os fecharão, e isso não será feito de forma agradável", continuou o presidente dos EUA.