Trump poderia ir ao Oriente Médio se acordo de Gaza for fechado, diz Rubio
Porém, chefe da diplomacia dos Estados Unidos alertou que é preciso esperar conclusão das negociações

Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (8) que Donald Trump poderia "potencialmente" viajar para o Oriente Médio se um acordo sobre a guerra em Gaza for alcançado.
De toda forma, ele alertou que negociações já fracassaram antes, então não pode garantir o que acontecerá.
"O presidente terá que tomar essa decisão, mas prevejo que ele estaria interessado em fazê-lo, se o momento for favorável. Como eu disse, houve um bom progresso hoje, os eventos estão caminhando em uma boa direção, mas ainda há trabalho a ser feito", afirmou Rubio a repórteres no Capitólio.
"Já estivemos aqui antes e ficamos decepcionados, então nós... mas sei que há muito trabalho árduo envolvido nisso, e os desenvolvimentos estão acontecendo a cada hora", acrescentou.
Um funcionário da Casa Branca pontuou à CNN que, até o momento, não há planos para Trump viajar ao Egito se um acordo for alcançado. No entanto, a fonte observou que "tudo é possível".
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
A proposta americana prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.
Em troca, o governo israelense libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.O acordo sugere ainda que o território palestino não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no futuro governo da região.
Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses da região e a desmilitarização de Gaza.
Israel afirmou concordar com o plano e o Hamas declarou que aceita libertar todos os reféns no início do cessar-fogo e também renunciaria ao controle do território palestino.
O grupo, porém, não deu mais informações sobre outros pontos-chave da proposta de Trump.
Delegações de Israel, EUA e Hamas se reúnem no Egito para negociar condições do plano que pode por fim aos dois anos de guerra na Faixa de Gaza.