Trump renova iniciativa para negociar acordo nuclear com Rússia e China

Presidente dos EUA defendeu desnuclearização durante fala aos repórteres no Salão Oval da Casa Branca

Da Reuters
Presidente dos EUA Donald Trump na Casa Branca
Presidente dos EUA Donald Trump na Casa Branca  • REUTERS/Jonathan Ernst
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira (25) que quer iniciar negociações sobre desnuclearização com a Rússia e a China,

"Uma das coisas que estamos tentando fazer com a Rússia e com a China é a desnuclearização, e isso é muito importante", disse Trump aos repórteres antes de uma reunião com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, na Casa Branca.

"Acho que a desnuclearização é um objetivo muito importante, mas a Rússia está disposta a fazer isso, e acho que a China também estará disposta. Não podemos deixar que as armas nucleares proliferem. Temos que acabar com as armas nucleares. O poder é muito grande", declarou Trump.

Em um evento separado na Casa Branca, mais cedo na segunda-feira, Trump disse que havia levantado a questão com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele não compartilhou detalhes específicos sobre quando a conversa ocorreu.

"Estamos falando sobre a limitação das armas nucleares. Vamos envolver a China nisso", afirmou Trump.

"A China está muito atrasada, mas vai nos alcançar em cinco anos. Gostaríamos de desnuclearizar. É poder demais, e também falamos sobre isso", acrescentou Trump.

Trump expôs pela primeira vez sua intenção de buscar esforços de controle de armas nucleares em fevereiro, dizendo que queria iniciar discussões com Putin e com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre a imposição de limites aos seus arsenais.

Falando aos repórteres no Salão Oval na época, Trump disse que a desnuclearização seria uma meta de seu segundo mandato e que ele esperava começar em um "futuro não muito distante".

O foco renovado no controle de armas nucleares ocorre em meio à aproximação do fim do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, ou New START, previsto para 5 de fevereiro de 2026. O tratado, assinado em 2010, é o último acordo de armas nucleares remanescente entre os EUA e a Rússia e limita o número de ogivas estratégicas e sistemas de entrega que cada lado pode implantar.

A Rússia alertou no início deste ano que as perspectivas de renovação do tratado pareciam escassas. Sob o comando do antecessor de Trump, o então presidente norte-americano Joe Biden, os EUA pressionaram a China a se envolver em negociações formais sobre armas nucleares, mas fizeram pouco progresso.