Turquia acusa Israel de usar terrorismo como política após ataque no Catar
Ancara condenou bombardeio contra líderes do Hamas em Doha
A Turquia condenou o ataque de Israel contra integrantes do Hamas na capital do Catar, Doha, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira (9).
A nota afirma que o ataque ao Catar, um mediador nas negociações pelo cessar-fogo em Gaza, seria uma "evidência clara de que Israel adotou políticas expansionistas e o terrorismo como política de Estado".
O comunicado afirma ainda que o ataque à delegação do Hamas em meio às negociações "mostra que Israel não tem como objetivo alcançar a paz, mas sim prolongar a guerra”.
A Turquia também se solidarizou com o Catar diante do bombardeio, que chamou de "hediondo", e apelou a comunidade internacional que pressione Israel a interromper os ataques na região.
O Hamas afirmou que teve cinco integrantes mortos no ataque israelense em Doha. Isso inclui o filho de Khalil al-Hayya, líder exilado do grupo palestino.
Mas disse que Israel falhou no que chamou de tentativa de assassinar a equipe que negocia o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu o ataque. Ele disse que não vai permitir que terroristas tenham imunidade.
"Acabaram os dias em que os líderes terroristas podem desfrutar de imunidade de qualquer tipo", afirmou após o ataque.