Ucrânia pede que UE imponha sanções econômicas à Rússia por votos de anexação

Putin realizou um referendo nas regiões ucranianas separatistas para adesão dos territórios ao seu país

Da Reuters
Bandeira da União Europeia
Ucrânia pede que União Europeia imponha sanções econômicas à Rússia por votos de anexação  • Pixabay
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A Ucrânia pediu à União Europeia, nesta terça-feira (27), que impusesse sanções econômicas à Rússia para puni-la por encenar votos de anexação em quatro regiões ocupadas. Além disso, alertou que as medidas de Moscou não mudariam as ações da Ucrânia no campo de batalha.

O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, após conversas em Kiev com a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, disse que sanções pessoais não seriam suficientes como punição para os referendos. "Quanto mais suave for a reação aos chamados referendos, maior será a motivação para a Rússia escalar e anexar mais territórios".

"No conteúdo do oitavo pacote de sanções (da UE), veremos quão seriamente a UE leva o problema dos referendos", disse Kuleba.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, estava realizando votações pelo quinto e último dia na terça-feira em quatro regiões ucranianas parcialmente controladas por Moscou - Kherson, Luhansk, Donetsk e Zaporizhzhia - sobre a separação ou não da Rússia. 

 

O Ocidente e Kiev dizem que os referendos são ilegais e uma farsa. "As ações (do presidente russo Vladimir) Putin não terão nenhuma influência na política, diplomacia e ações da Ucrânia no campo de batalha", disse Kuleba em entrevista coletiva conjunta.

Colonna disse que o apoio francês à Ucrânia é "massivo" e inclui ajuda humanitária, ajuda financeira e assistência militar ou diplomática totalizando mais de US$ 2 bilhões. "A Rússia está cada vez mais isolada. Ninguém apoiou sua apresentação no Conselho de Segurança da ONU. Sua narrativa é incoerente".

"Tanto que podemos até nos perguntar se nosso colega russo acreditou no que ele estava dizendo. Todos podem ver que a Rússia está afundando ainda mais em um impasse, seja militarmente ou vis-à-vis seu próprio povo", disse ela.