Ucrânia diz que destruiu grande navio da Marinha russa na Crimeia
Administração local afirmou que, por "razões técnicas", trens não partirão da cidade de Fedosia temporariamente e que o tráfego nas ruas foi parcialmente bloqueado na área
A Força Aérea da Ucrânia disse que destruiu um grande navio de desembarque russo, o Novocherkask, na Crimeia nesta terça-feira (26). O governador da Crimeia, empossado pela Rússia, afirmou anteriormente que o ataque provocou um incêndio na área portuária de Fedosia.
“E a frota na Rússia está ficando cada vez menor! Obrigado aos pilotos da Força Aérea e a todos os envolvidos pelo trabalho!”, comemorou o comandante da Força Aérea da Ucrânia, Mykola Oleshchuk, no aplicativo de mensagens Telegram, sem fornecer provas.
Em outro comunicado, a Força Aérea destacou, também sem fornecer provas, que os seus pilotos atacaram Feodosia por volta das 02h30, no horário local, com mísseis de cruzeiro, destruindo o navio da frota russa do Mar Negro.
Essa informação não pôde ser verificada de forma independente pela Reuters e não houve comentários da Rússia até o momento sobre o caso. Não se sabe quais mísseis a Ucrânia teria usado no ataque e quantos deles.
Tanto a Rússia como a Ucrânia exageraram muitas vezes as perdas que causaram no inimigo, ao mesmo tempo que diminuem seus próprios números de vítimas e de equipamento destruído.
Trens desviados e tráfego bloqueado
Sergei Aksyonov, o governador da Crimeia empossado pela Rússia, comentou apenas que o ataque ucraniano resultou no incêndio na área portuária da cidade e que foi prontamente contido.
“Todos os serviços de emergência relevantes estão no local. Moradores de várias casas serão evacuados”, ressaltou Aksyonov no Telegram.
A administração da Crimeia instalada pela Rússia, entretanto, informou em um comunicado que devido a “razões técnicas” os trens não partirão de Feodosia por enquanto e que o tráfego nas ruas foi parcialmente bloqueado na área.
A cidade de Feodosia, que tem uma população de cerca de 69 mil pessoas, fica na costa sul da Península da Crimeia.
Imagens publicadas em vários meios de comunicação russos no Telegram mostraram fortes explosões e incêndios em uma área portuária.
A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014, em um ato amplamente criticado pela comunidade internacional.