Universitários dos EUA presos em protesto pró-Palestina têm acusações retiradas

Alunos foram presos em abirl após ocupação do campus da Universidade de Columbia, em Nova York

Jonathan Allen, da Reuters
Pessoa segura bandeira palestina do lado de fora da Universidade de Columbia  • 30/04/2024REUTERS/Caitlin Ochs
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Dezenas de estudantes pró-Palestina que foram presos em abril após ocuparem e terem feito barricadas em um prédio da Universidade de Columbia, em Nova York, tiveram, nesta quinta-feira (20), todas as acusações contra eles retiradas, disseram promotores de Manhattan.

A audiência no Tribunal Criminal de Manhattan ocorreu sete semanas depois de os administradores da universidade terem chamado centenas de policiais armados para o campus, em forte resposta das forças de segurança que foi transmitida ao vivo pelas emissoras de televisão.

A polícia prendeu 46 manifestantes que se refugiaram no Hamilton Hall e também desmontou um acampamento que durou semanas em um gramado da universidade, algo que inspirou protestos pró-Palestina em outras universidades ao redor do mundo.

Stephen Millan, promotor da procuradoria de Manhattan, disse à corte nesta quinta-feira que não processará 30 manifestantes que eram estudantes de Columbia no momento da prisão, nem dois funcionários, citando discrição acusatória e falta de evidências. O caso contra um outro estudante foi derrubado neste mês.

Millan afirmou que os manifestantes cobriram câmeras de segurança, e que não há evidências suficientes para mostrar que qualquer réu danificou propriedades ou feriu alguém. Nenhum policial ficou ferido, acrescentou. Nenhum dos estudantes presos possuía antecedentes criminais, e todos estavam sofrendo procedimentos disciplinares pela universidade, incluindo suspensões e expulsões.

“Todos esses assuntos estão descartados e selados pelo interesse da Justiça”, decidiu o juiz Kevin McGrath.