Vaticano está envolvido em missão de paz na Ucrânia, afirma papa Francisco
"Estou disposto a fazer tudo o que precisa ser feito", disse o pontífice à imprensa neste domingo (30)
O papa Francisco afirmou, neste domingo (30), que o Vaticano está envolvido em uma missão de paz para tentar encerrar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, o pontífice se recusou a dar mais detalhes sobre o assunto.
“Estou disposto a fazer tudo o que precisa ser feito. Há uma missão em curso agora, mas ainda não é pública. Quando for pública, eu a revelarei”, disse Francisco a repórteres durante um voo para casa após três dias de visita à Hungria.
“Eu acho que a paz sempre é feita abrindo canais. Você nunca pode alcançar a paz fechando. … Isso não é fácil.”
O papa acrescentou que conversou sobre a situação na Ucrânia com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e com o representante da Igreja Ortodoxa Russa em Budapeste.
“Nessas reuniões não falamos apenas de Chapeuzinho Vermelho. Falamos de todas essas coisas. Todos estão interessados no caminho para a paz”, disse ele.
Encontro com refugiados
O chefe da Igreja Católica se encontrou neste sábado (29) com ucranianos que fugiram da guerra na fronteira Leste da Hungria, dizendo aos refugiados que um futuro diferente é possível.
Francisco se encontrou com cerca de 600 refugiados, pessoas pobres e sem-teto em uma visita à igreja de Santa Isabel em Budapeste no segundo dia de sua visita, que começou na sexta-feira, quando ele alertou sobre os perigos do nacionalismo crescente na Europa.
O pontífice recebeu uma serenata de uma banda de músicos húngaros vestidos à moda do povo Roma, em roupas com estampas de flores. Ele parecia gostar da música enquanto eles pairavam ao seu redor enquanto ele se sentava em sua cadeira de rodas.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, milhões de refugiados fugiram pela Europa Central, incluindo a Hungria, e se mudaram para outros países. Cerca de 35 mil solicitaram o status de proteção temporária na Hungria.
Francisco disse que expressar compaixão por aqueles que sofrem com a pobreza e a tragédia é parte integrante de ser cristão, mesmo que os necessitados sejam descrentes.