Violência política subiu alguns degraus, diz professor sobre atentado à Kirchner
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2), Leonardo Trevisan condenou a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina
O professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan avaliou, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2), o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
“A violência política subiu alguns degraus”, afirmou Trevisan. “Não há nenhuma dúvida de que a porta da casa de Kirchner se transformou em arena política.”
De acordo com a Polícia Federal Argentina, um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido. Ele é apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo.
Vídeos das pessoas que estavam próximas à aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falha.
“A sociedade não está suportando que aquele que pensa de nós seja apenas um oponente. Nós estamos tratando como um adversário que precisa ser eliminado. Este é um problema que não pode ser admitido.”
“É evidente que [o atentado] deva servir como alerta para que os ódios políticos sejam substituídos pelo debate”, concluiu.
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Momento em que a arma é apontada para a vice-presidente Cristina Kirchner • Reprodução/CNN
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Apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo, o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido • Tomas Cuesta/Getty Images
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Segundo o presidente da Argentina Alberto Fernández, a pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou apesar de ter sido acionada • Tomas Cuesta/Getty Images
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Vice-presidente da Argentina, Cristina Fernandez antes de sofrer o ataque, em Buenos Aires • Tomas Cuesta/Getty Images
Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima.