Zelensky acusa Rússia de atacar Ucrânia com 500 drones e 40 mísseis
Ofensiva acontece em meio à negociações pelo fim da guerra no Leste Europeu; ucraniano encontrará Trump no domingo (28)

A Rússia lançou quase 500 drones e 40 mísseis contra a Ucrânia durante a noite, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na manhã deste sábado (27), acrescentando que, embora as autoridades russas estejam em negociações para pôr fim aos combates, a violência em curso fala por si só.
Os ataques mais recentes visaram principalmente a infraestrutura de energia e civil na capital, Kiev, continuou Zelensky.
"Em alguns bairros da capital e da região, o fornecimento de eletricidade e aquecimento está interrompido", afirmou. "Os esforços para combater os incêndios estão em andamento."
Pelo menos 28 pessoas ficaram feridas na capital, incluindo 13 que foram hospitalizadas, segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. O ataque durou quase dez horas no total, tornando-se um dos mais longos do ano.
Apontando para o recente envolvimento da Rússia em negociações com representantes dos Estados Unidos para pôr fim aos combates no país, o líder ucraniano escreveu na rede social X que “os representantes russos participam de longas negociações, mas, na realidade, Kinzhals e ‘shaheds’ falam por eles”.
A fala se refere aos mísseis Kinzhals e aos drones Shaheds, usados por Moscou na guerra.
Ele acrescentou: “Essa é a verdadeira atitude de Putin e seu círculo íntimo”.
Zelensky afirmou: "Se a Rússia transformar até mesmo o período de Natal e Ano Novo em uma época de casas destruídas e apartamentos incendiados, de usinas de energia arruinadas, então essa atividade doentia só poderá ser combatida com medidas verdadeiramente enérgicas."
O negociador russo Kirill Dmitriev viajou a Miami no início de dezembro para se encontrar com o enviado dos EUA, Steve Witkoff, e com o genro do presidente dos EUA, Donald Trump, Jared Kushner, para conversas sobre um possível fim da guerra na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse posteriormente que as propostas de paz dos EUA, trazidas por Dmitriev, estavam sendo analisadas.


