Zelensky diz que Ucrânia busca solução diplomática para acabar com a guerra
O líder ucraniano não respondeu diretamente sobre um possível "redesenho de mapas"
O presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia está preparada para encontrar uma “forma diplomática” de acabar com a guerra da Rússia, ressaltando mais uma vez que Kiev quer uma reunião trilateral com Moscou e Washington.
Questionado se a Ucrânia está pronta para “redesenhar os mapas” em um acordo de paz, ou “continuar enviando tropas ucranianas para a morte por mais alguns anos”, Zelensky não respondeu diretamente, mas elogiou os esforços da administração Trump para acabar com a guerra.
Zelensky disse que a Ucrânia precisa conviver com ataques russos diários, destacando o ataque mortal russo durante a noite em Kharkiv.
“Precisamos parar esta guerra, parar a Rússia. E precisamos do apoio dos nossos parceiros americanos e europeus”, afirmou.
“Nós apoiamos a ideia dos Estados Unidos – do presidente Trump pessoalmente – de parar esta guerra, de encontrar uma forma diplomática de acabar com essa guerra”, acrescentou.
Zelensky disse estar preparado para uma cúpula trilateral entre ele, Trump e o presidente russo Vladimir Putin.
Trump expressou interesse em realizar essa cúpula logo após as conversas de segunda-feira, enquanto Putin tem demonstrado hesitação.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.



