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    Autorretrato de Frida Kahlo pode bater recorde e ser vendido por R$ 159 milhões

    Obra "Diego y yo" será leiloada em Nova York no fim deste ano

    Isabelle Jani-Friendda CNN

    O autorretrato de Frida Kahlo deve estabelecer um recorde para uma obra de uma artista latino-americana quando for leiloado em Nova York, ainda este ano.

    O autorretrato do busto “Diego y yo” (“Diego e eu”) está estimado em mais de R$ 159 milhões – muito acima do recorde do leilão público para uma obra de Kahlo, de R$ 42,4 milhões, estabelecido em 2016, disse a Sotheby’s em um comunicado.

    Ironicamente, também superaria o recorde de leilão de R$ 48 milhões para uma obra de arte de um artista latino-americano, estabelecido por uma obra do marido de Kahlo e inspiração para sua pintura, Diego Rivera, em 2019.

    “O retrato emocionalmente nu e complexo de Frida Kahlo, “Diego y yo”, é uma obra definidora. Oferecer este retrato em nossa “Modern Evening Sale” em novembro anuncia a recente expansão da categoria Moderna para incluir uma maior representação de artistas sub-representados, especialmente mulheres, e repensar como eles foram historicamente avaliados em leilões”, disse Brooke Lampley, presidente da Sotheby’s e chefe mundial de vendas de belas-artes em todo o mundo, em comunicado.

    Kahlo pintou autorretratos de busto, um formato popularizado pela primeira vez durante o Renascimento europeu, ao longo de sua carreira, e eles estão entre suas obras mais famosas.

    Concluído em 1949, cinco anos antes de sua morte, “Diego y yo” é o último autorretrato da artista dos anos 1940.

    Autorretrato de Frida Kahlo deve estabelecer um recorde para uma obra de uma artista latino-americana quando for a leilão em Nova York/ Sotheby’s

    Após seu segundo casamento com o muralista mexicano Diego Rivera – o casal se casou novamente em 1940 após se divorciar um ano antes – Kahlo foi influenciada por assuntos que iam da mitologia asteca e oriental à medicina e botânica. Ela também descreveu seus problemas de saúde debilitantes e seu relacionamento turbulento com Rivera, criando uma iconografia pessoal em seu trabalho.

    Kahlo conheceu Rivera quando ela pediu a ele que avaliasse seu trabalho, e os altos e baixos do relacionamento entre eles se tornaram o assunto principal de sua arte.

    “Diego y yo” mostra Kahlo usando um huipil, um tipo de blusa tradicional para as mulheres de Tehuantepec, no sul do México. Ela usa este huipil vermelho, em particular, em muitos de seus autorretratos mais conhecidos e em uma famosa série de fotografias do retratista húngaro-americano Nickolas Muray.

    O cabelo solto de Kahlo, geralmente trançado com força, parece quase estrangulá-la. Ela tem bochechas vermelhas e um olhar choroso.

    No meio de sua testa estão a cabeça e os ombros de Rivera – um símbolo de sua posição central em sua mente. Rivera, por sua vez, é retratado com um terceiro olho na testa. A pintura coincide com o aparente relacionamento de Rivera com a amiga de Kahlo, María Félix, de acordo com a Sotheby’s.

    “Frida Kahlo é um ícone global da arte moderna cujo trabalho é amado em todo o mundo. “Diego y yo”, resume a renderização minuciosamente detalhada, a iconografia complexa e as narrativas profundamente pessoais que são marcas registradas de sua pintura madura”,  disse Anna di Stasi, diretora da Sotheby’s da arte latino-americana.

    “Diego y yo” estará em exposição ao público em Hong Kong de 7 a 11 de outubro e em Londres de 2kahlo2 a 25 de outubro. Em seguida, ele retornará a Nova York para exibição antes da venda de novembro.

    (Texto traduzido, leia original em inglês aqui)

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