Chanel troca saias por calças jodhpur na Semana de Moda de Paris
Desfile da coleção de inverno foi marcado ainda pela ausência de influenciadores da China devido à epidemia de coronavírus
O desfile da Chanel na Semana de Moda de Paris apresentou uma novidade nos icônicos terninhos da grife francesa. Suas clássicas saias foram substituídas por calças folgadas e rasgadas nas laterais, e looks no estilo jodhpur — modelo conhecido por seu uso na equitação — ocuparam o centro das atenções na coleção de inverno, apresentada nesta terça-feira, 3 de março.
Na passarela, um vasto piso espelhado ocupava o caminho por onde modelos andavam em pares e trios em um dos últimos grandes shows da Semana de Moda da capital francesa. Enquanto influenciadores da China ficaram ausentes nos últimos 10 dias de apresentações do evento, devido à epidemia de coronavírus, outras celebridades e blogueiros prestigiaram a apresentação.
As cantoras norte-americana Janelle Monáe, a francesa Angèle e a atriz Isabelle Adjani estavam entre os convidados do desfile da Chanel no salão de exposições Grand Palais.
A designer Virginie Viard, que sucedeu o diretor criativo Karl Lagerfeld após sua morte no ano passado, apresentou uma coleção amplamente monocromática, enfatizando fortemente os looks em preto e branco que são a marca registrada da Chanel.
Entre os modelos, os destaques foram a adolescente Kaia Gerber, que subiu à passarela com um vestido preto decotado adornado por um cinto desajeitado e joias, e a estrela americana Gigi Hadid, que fechou o desfile com um top preto e shorts sob um longo casaco, acompanhada lado a lado por dois modelos com roupas brancas.
Os ternos rosa claro e verde pastel de lã deram um ponto de cor aos visuais invernais, enquanto as calças jodhpur eram onipresentes, acompanhadas por botas de dois tons na altura da panturrilha.
“Romantismo, mas sem flores. Emoções, mas sem frescura”, descreveu Viard nas notas do programa sobre a ideia central do desfile. O cenário ao redor da passarela também era incomumente abstrato para a Chanel, com espectadores empoleirados em torno de montes brancos, em fileiras que se assemelhavam a icebergs.
Chanel, uma marca de propriedade privada, criou uma tradição de ambientar seus desfiles de Paris em reproduções de cenários reais, desde uma rua da capital francesa até o interior de uma biblioteca.