Aneel convoca distribuidoras de energia e prefeitos para reunião em SP
A reunião ocorrerá nesta segunda-feira, às 14h, na sede da Prefeitura de São Paulo
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, convocou distribuidoras de energia que atuam no estado de São Paulo para uma reunião de emergência a fim de discutir os eventos de queda no fornecimento de eletricidade registrados nos últimos dias.
A reunião ocorrerá nesta segunda-feira, às 14h, na sede da Prefeitura de São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) deverá participar. Foram chamadas empresas como Enel SP, CPFL, Elektro, Energisa Sul-Sudeste e EDP. Outros prefeitos da região metropolitana também são aguardados.
À CNN, Feitosa informou que foi montado um "gabinete de crise" para lidar buscar o restabelecimento total dos serviços e que a situação tem sido acompanhada diretamente pela superintendência de fiscalização da agência.
De acordo com ele, somente na área de concessão da Enel SP, o fornecimento de energia chegou a ser interrompido em 85 das 380 escolas que receberiam alunos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No entanto, devido à prioridade na recomposição do abastecimento ou à oferta de energia por meio de geradores emergenciais, nenhuma ficou sem luz para a realização das provas neste domingo (5).
Outra preocupação era com a garantia de fornecimento no Autódromo de Interlagos, a fim de evitar um adiamento do GP de São Paulo de Fórmula 1, com implicações econômicas.
Agora, segundo Feitosa, a intenção é "discutir os eventos em si [quedas de energia] e as lições que podemos tirar desse episódio".
O diretor-geral enfatizou que os serviços de atendimento das distribuidoras serão analisados pela agência, mas sem um espírito de caças às bruxas.
"Tudo será avaliado com calma. O que interessa, em primeiro lugar, é a recomposição total do fornecimento. Ações policialescas, neste momento, tiram qualquer espírito de colaboração", disse à CNN.
Feitosa lembrou que a Aneel costuma trabalhar com as distribuidoras em um "Plano Verão", elaborado anualmente com o objetivo de agilizar o atendimento à população em momentos de crise, mais frequentes na temporada de chuvas entre dezembro e março.
O que ocorreu nos últimos dias, porém, foi interpretado pela agência como um evento extremo e fora do calendário normal. "E precisamos estar preparados para isso cada vez mais", afirmou.
"Teremos que pensar em redes mais resilientes e menos vulneráveis aos efeitos climáticos", acrescentou o diretor-geral.
Segundo ele, isso envolve ações como podas de árvores e ocupação do solo -- por isso, a necessidade de envolver diretamente as prefeituras.