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    Arsenal apreendido com “Bonde do Zinho” seria utilizado em guerra por expansão da milícia

    Ação que resultou na prisão de 15 milicianos, nesta quinta-feira (7), apreendeu 12 fuzis, pistolas, granadas, carregadores, mais de mil munições e coletes balísticos

    Cleber Rodriguesda CNN , Rio de Janeiro

    A Polícia Civil já sabe que o arsenal apreendido com o “Bonde do Zinho”, nesta quinta-feira (7), no Rio, seria utilizado na guerra por expansão das atividades criminosas da maior milícia do Rio de Janeiro.

    Após a prisão de 15 milicianos na Avenida Brasil, a Polícia Rodoviária Federal e a PM apreenderam 12 fuzis, 7 pistolas, entre elas uma com brasão da polícia de Miami gravado, granadas, mais de mil munições, dezenas de carregadores e coletes balísticos, alguns deles semelhantes aos usados pela polícia do RJ.

    “Esse bonde se deslocou na madrugada para dar reforço a uma comunidade também dominada pela milícia, que está em guerra com uma facção de narcotraficantes que tentam dominar aquela área. Dos 15 presos, 8 já foram investigados e presos pela Draco em outras ocasiões”, disse João Valentim, delegado da Draco.

    Ainda segundo a investigação, após a prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, em dezembro do ano passado, integrantes da maior milícia do Rio de Janeiro passaram a disputar a chefia da organização criminosa, tendo Rui Paulo Gonçalves Estevão “Pipito” assumido o controle de grande parte das atividades ilegais do “Bonde do Zinho”.

    Pistola com brasão da polícia de Miami gravado, entre os armamentos apreendidos pela polícia no Rio / Cleber Rodrigues/CNN

    ”Operação cirúrgica”, diz cúpula da Segurança

    Durante a coletiva de imprensa que teve entre as autoridades, o secretário de Polícia Civil e o Superintendente da PRF, a cúpula da Segurança fluminense avaliou que a operação foi exitosa e cirúrgica, uma vez que nenhum agente ou inocente acabou baleado, já que a ação foi realizada na Avenida Brasil, a via mais movimentada do estado do Rio de Janeiro.

    “Foi montada uma operação tendo em vista o melhor horário, cujo o risco para fosse o menor possível para terceiros e em local mais apropriado para a abordagem. Fizemos um monitoramento por alguns minutos, de forma a assegurar o trânsito de terceiros. Quando conseguimos deixar só os carros dos criminosos juntos, fechamos a Avenida Brasil e fizemos a abordagem”, explicou o inspetor Carneiro, chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF.

    Durante a operação, quinze milicianos foram presos, sendo seis baleados e socorridos para o Hospital Pedro II, na zona oeste do Rio. No fim manhã, três criminosos receberam alta e foram levados para a Cidade da Polícia, enquanto outros três ficaram internados sob custódia.

    “A gente está, todos os dias, no combate a esse problema que tem no mínimo 40 anos, que é a disputa territorial no Rio de Janeiro”, concluiu o secretário de Polícia Civil, Marcus Amin.

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