Ataque hacker: PF prende 2 suspeitos de participação em desvio de R$ 541 mi

Grupo transformou dinheiro desviado em criptoativos; prisões foram em Goiás

Elijonas Maia, Thomaz Coelho, da CNN, em Brasília e São Paulo
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A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo prenderam duas pessoas suspeitas de participar do ataque hacker historio que desviou ao menos R$ 541 milhões das contas de instituições de pagamentos.

Foram dois dias de operação, sendo terça e esta quarta-feira (16), na operação batizada de Magna Fraus. Mais de R$ 5,5 milhões em criptoativos foram recuperados, segundo o MP de São Paulo.

Os dois presos foram em Goiás e houve buscas e apreensões no Pará, apurou a CNN.

O que se sabe sobre ataque hacker que desviou milhões de reais do sistema bancário do Brasil

A PF aponta que o grupo criminoso que desviou o montante realizou lavagem de dinheiro proveniente de fraudes e invasões de dispositivos eletrônicos. O ataque hacker causou prejuízos financeiros a diversas instituições financeiras e de pagamento.

A investigação apura a atuação de suspeitos especializados no uso de técnicas avançadas de negociação de criptoativos, empregadas para ocultar e dissimular a origem e a titularidade de valores ilícitos, dificultando sua rastreabilidade.

Desde o início das investigações, já foram bloqueadas contas e outros ativos na ordem de R$ 32 milhões. No último dia 4 de julho um operador de TI da C&M Software foi preso pela Polícia Civil de São Paulo como responsável por vender sua credencial de acesso ao sistema para o grupo criminoso. Ele confessou e disse que recebeu R$ 15 mil.

Os presos são suspeitos especializados no uso de técnicas avançadas de negociação de criptoativos, que foram empregadas para tentar ocultar o rastro do dinheiro.

A investigação é da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF.

*Em atualização