Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia está "escorregando", diz família

Brasileira caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani na última sexta-feira (20)

Beto Souza, da CNN
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A brasileira Juliana Marins, de 24 anos, está desaparecida após sofrer um acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, na última sexta-feira (20). A jovem tropeçou, escorregou e caiu a cerca de 300 metros. Segundo a família, ela está "escorregando" montanha abaixo, desamparada há mais de 60 horas.

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família afirmou que vídeos que supostamente mostravam o resgate chegando até a brasileira foram "forjados". Uma amiga de Juliana reforçou que a jovem está desaparecida há mais de 60 horas, não se encontra mais no local onde foi vista pela última vez e continua "escorregando" montanha abaixo, em um local perigoso e de difícil acesso.

Informações iniciais de que uma equipe de resgate havia localizado Juliana Marins e entregue suprimentos foram posteriormente desmentidas pela irmã da jovem, Mariana Marins. Segundo familiares e uma amiga, as equipes de resgate não conseguiram chegar até Juliana devido ao tamanho insuficiente das cordas, baixa visibilidade e alegado despreparo da equipe.

Na manhã desta segunda (23), a irmã de Juliana Marins afirmou que recebeu a confirmação de que a equipe de resgate teria localizado a moça mais uma vez. A parente afirmou que as buscas estão lentas devido ao ambiente severo e às condições climáticas da montanha.

A CNN teve acesso a um vídeo que mostra a situação climática na região do vulcão. A neblina torna a visão de amplitude bastante difícil.

Veja vídeo

Buscas enfrentam desafios e apelo por helicóptero

Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro quando sofreu o acidente no vulcão Rinjani. Após a queda, ela conseguia apenas mover os braços e olhar para cima. A família foi comunicada por turistas que a avistaram horas depois e enviaram a localização exata, fotos e vídeos, incluindo imagens de drone, pelas redes sociais.

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A região do vulcão Rinjani é de difícil acesso, com muita neblina e sereno que tornam as pedras escorregadias, dificultando as operações de resgate. As buscas foram interrompidas devido à piora das condições climáticas.

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família de Juliana Marins expressou grande preocupação e considera o envio de um helicóptero como a última esperança para o resgate, enfatizando a "corrida contra o tempo para salvar Juliana". O Itamaraty foi acionado e informou estar em contato com as agências de busca e salvamento na Indonésia.

Nas redes sociais, a família também solicitou que perfis próximos apagassem informações não confirmadas sobre o resgate, visando evitar a disseminação de notícias incorretas sobre a situação da jovem brasileira desaparecida.