Cervejas sem álcool tem aumento de produção de 537%, aponta Mapa
Crescimento acompanha uma tendência de consumo mais equilibrado e consciente; Brasil declarou 15,34 bilhões de litros de cerveja ano passado

As cervejas sem álcool ou desalcoolizadas (com teor alcoólico igual ou inferior a 0,5%) vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Em 2024, a produção desse tipo de bebida teve um crescimento expressivo de 536,9%, passando a representar 4,9% de toda a produção nacional, segundo dados do Anuário da Cerveja, lançado nesta terça-feira (5).
O segmento inclui também as cervejas de baixo teor alcoólico, com até 2%, e as convencionais, que podem chegar a 54% de graduação alcoólica. O avanço acompanha uma tendência de consumo mais equilibrado e consciente, segundo o documento feito em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
No ano passado, o Brasil registrou 43.176 cervejas e 55.015 marcas. O estado de São Paulo teve o maior número de cervejas registradas, com 12.803. Já número de cervejarias registradas chegou a 1.949, com a inclusão de 102 novos estabelecimentos, um crescimento de 5,5% em relação a 2023.
A Ambev, uma das principais empresas no setor, teve um crescimento portfolio zero de 40% buscando opções para quem não quer "abrir mão do sabor" . A empresa atribui a ampliação dos produtos zero como forma de atender aos anseios dos consumidores que "buscam cada vez mais um estilo de vida equilibrado".
Produção e exportação de cerveja
Cerca de 15,34 bilhões de litros de cereja foram declarados no ano passado — grande parte de cerveja puro malte (24,7%)
Na produção nacional, estão:
- Lager Leve Clara (58,3%)
- Pilsener (32,4%)
- Lagers (8,5%)
O Brasil exportou cerca de 332,5 milhões de litros de cerveja em 2024 — crescimento de 43,4%. O faturamento com exportações atingiu nível recorde: US$ 204 milhões, aumento de 31,1% frente a 2023.
A América do Sul concentra 97,7% das exportações brasileiras de cerveja e Alemanha segue como a principal origem da cerveja importada pelo Brasil, com 42,5% do volume total importado.