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    Operação da PF mira quadrilha que enviou drogas em barcos à Europa e África

    Agentes cumprem 35 mandados de prisão em cinco estados; Justiça bloqueia R$ 1,3 bilhão em bens

    Elijonas Maiada CNNThomaz Coelhoda CNN* , em Brasília

    A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (29), a operação Narco Vela para desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, especialmente para os continentes europeu e africano.

    A PF diz que o envio de drogas é feito com o uso de equipamentos satelitais e embarcações capazes de atravessar o oceano como barcos e veleiros.

    Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 mandados de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina.

    Prisão de empresário

    Entre os presos, está o empresário Rodrigo Morgado. Ele tinha um mandado de busca e apreensão contra ele, porém, durante o cumprimento, os agentes encontraram uma arma em seu veículo. O empresário foi preso em flagrante.

    Ele se apresenta como “Contador e Empreendedor” em sua descrição e divulgava um curso, onde aparece como figura principal. O curso é intitulado de “O destrave”, e aparece para venda com valores entre R$ 299,00 até R$ 2,299.00.

    Rodrigo Morgado é dono da empresa Quadri Contabilidade, que sorteou um Jeep Compass para uma funcionária e tomou o veículo, no litoral de São Paulo. O caso viralizou na última semana.

    Segundo a funcionária, o carro, anunciado como “valendo mais de R$ 100 mil”, apresentava diversos defeitos mecânicos que geraram gastos de cerca de R$ 10 mil, sem qualquer reembolso.

    Uma Ferrari modelo 296 GTB e uma uma Lamborghini Urus, que, segundo a Polícia Federal, pertencem ao empresário, foram apreendidas durante a operação.

    Outros três mandados de prisão preventiva são cumpridos nos Estados Unidos, Itália e Paraguai. Até a última atualização, 23 pessoas foram presas na operação.

    Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão.

    A investigação contou com ações do DEA (Drug Enforcement Agency), Marinha dos EUA, Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

    A apuração na PF começou a partir de uma comunicação do DEA de uma apreensão de 3 toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, dentro um veleiro brasileiro, em alto mar próximo ao continente africano, com a abordagem feita pela Marinha Americana.

    Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

    Os investigados responderão, conforme suas condutas, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e integração de organização criminosa.

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