Operação Makeup: polícia faz ação contra grupo por desvio de R$ 18 milhões

Carros de luxo e dinheiro em espécie foram apreendidos contra investigados do ramo dos cosméticos

Elijonas Maia, da CNN Brasil, em Brasília
São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra investigados que atuam no ramo de cosméticos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro desde o ano de 2019  • Polícia Civil do Distrito Federal
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A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) e a Receita do DF deflagraram, na manhã desta terça-feira (21), a Operação “Makeup” contra uma organização criminosa suspeita pelos crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra investigados que atuam no ramo de cosméticos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro desde o ano de 2019.

A polícia diz que os investigados constituíam empresas em diversas cidades do Distrito Federal e sonegavam a totalidade do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias) devido em decorrência da venda de cosméticos, perfumes e outros itens de uso pessoal.

Quando as dívidas dos impostos se acumulavam, eram criadas novas empresas, no mesmo endereço e ramo de comércio, reiniciando a sonegação com outro CNPJ. As empresas endividadas eram transferidas para um “laranja” e suas sedes transferidas falsamente para coworking.

A investigação teve início há seis meses pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado. A polícia aponta uma organização criminosa composta por empresários e contadores, voltada à sonegação de ICMS.

Apurou-se ainda que os investigados adquiriram veículos esportivos de luxo e imóveis registrados em nome de terceiros. Além disso, abriram novas filiais à medida que a sonegação fiscal aumentava.

Os carros de luxo foram apreendidos na operação desta terça-feira. A dívida tributária das empresas dos investigados supera R$ 18 milhões de reais.

As medidas judiciais estão sendo cumpridas na distribuidora das empresas, em escritórios de contabilidade e nas residências dos investigados. Foram determinados, ainda, os bloqueios de bens e valores dos empresários, dos contadores e dos “laranjas” até o limite do valor da dívida.