Polícia prende criminosos que vendiam dados de autoridades

Agentes apreenderam cerca de R$ 108 mil, veículos de luxo, equipamentos eletrônicos e documentos

João Rosa e Elijonas Maia, da CNN, em Brasília
Presos tinham vida de luxo incompatível com a renda declarada  • Polícia Civil do Distrito Federal
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A Polícia Civil do Distrito Federal desarticulou uma organização criminosa especializada na venda de dados sigilosos de autoridades dos Três Poderes, membros do Ministério Público e de órgãos governamentais, além de informações de pessoas físicas e jurídicas.

Três criminosos foram presos na operação, na manhã desta sexta-feira (21). Além das detenções, a polícia apreendeu cerca de R$ 108 mil, veículos de luxo, equipamentos eletrônicos e documentos. A Justiça também ordenou o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados.

Segundo a polícia, os presos tinham uma vida de luxo, que era incompatível com a renda declarada por eles.

Plataforma ilegal

Segundo as investigações, a organização criminosa operava um sofisticado esquema por meio de uma plataforma denominada "Max Buscas", que disponibiliza mais de 70 paineis de pesquisa contendo dados sigilosos.

A Plataforma tinha dados restritos de órgãos governamentais e informações sigilosas sobre autoridades, pessoas físicas e jurídicas. O sistema possuía uma estrutura hierarquizada que incluía administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes.

A justiça também determinou a suspensão da plataforma e o bloqueio dos domínios relacionados.

Os investigados responderão pelos crimes de Invasão de dispositivo informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Considerando a soma das penas máximas previstas para estes crimes, os investigados podem enfrentar até 17 anos de reclusão, além de multa.