"Vou me defender": vídeo mostra Capitão Hunter sendo abordado pela polícia
João Paulo Manoel está preso e é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com uma criança
Um vídeo mostra o momento em que o youtuber João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, é abordado pela polícia em sua casa. O influenciador é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com crianças.
Veja o vídeo:
No vídeo é possível ouvir o youtuber questionando a polícia e dizendo que vai se defender. "Porque estão me tratando assim?", diz ele durante a abordagem.
O influenciador foi preso na quarta-feira (22). Os crimes sexuais cometidos por João Paulo Manoel teriam ocorrido contra uma menina e um menino. Ele teria mantido contato com ambos por meio de redes sociais e eventos relacionados à franquia de jogos e animações.
O youtuber tem mais de 1 milhão de seguidores e produz conteúdo voltado ao universo Pokémon.
Segundo as investigações, uma das vítimas o conheceu durante um evento em um shopping da zona Norte do Rio de Janeiro. Após o encontro, eles passaram a se comunicar pela internet. O influenciador teria prometido aos pais da adolescente que apoiaria sua participação em competições do jogo.
De acordo com o depoimento da vítima, o homem passou a solicitar imagens íntimas e enviou fotos inapropriadas dele próprio, oferecendo produtos da franquia em troca. Conversas registradas nas redes sociais confirmaram o teor das mensagens. Outro caso semelhante teria ocorrido com um menino de 11 anos.
O mandado de prisão foi expedido pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil.
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) obteve nesta quinta-feira (23), a prisão temporária do youtuber João Paulo Manoel, conhecido como “Capitão Hunter”. O influenciador é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com uma criança.
Em pronunciamento, a defesa de João Paulo afirma que o youtuber é inocente.
Veja a nota:
"Isso será provado no momento oportuno. Eu ainda não tive acesso aos autos, e é até estranho que alguns áudios e prints tenham vazado indevidamente, sendo que se trata de um processo que corre em segredo de Justiça.
Reafirmo: meu cliente, durante muitos anos, ajudou famílias em relação a crianças PCD (Pessoa com Deficiência), com problemas de depressão, com problemas com drogas.
Sobre os fatos narrados, só posso falar dentro do processo. Não tive acesso aos autos, não tive acesso às imagens, nem às conversas que foram vazadas. Tudo isso será explicado no momento oportuno. Mas o que posso afirmar é que meu cliente é inocente. Ele tem um histórico de tratamento extremamente cauteloso em todos os sentidos — seja com famílias, crianças ou adolescentes.
É óbvio que, pelo fato de ser uma pessoa exposta, um grande youtuber, há uma repercussão. E é muito importante que nós não condenemos ninguém [...], antes de o fato ter sido julgado."
*Sob supervisão de AR.


