Cupertino escreve carta, pede liberdade e diz que processo “está contaminado”
Justiça de São Paulo negou pedido de liberdade e não reconheceu alegações feitas pelo réu
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Paulo Cupertino Matias esteve foragido por quase três anos • Divulgação/Polícia Civil de São Paulo
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Paulo Cupertino foi preso em 16 de maio de 2022, na zona sul da cidade de São Paulo • Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Paulo Cupertino após ser preso pela Polícia Civil • Reprodução
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Rafael Miguel, ator que foi morto por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Rafael Miguel, ator que foi morto por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Rafael Miguel e família. Todos foram mortos por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Cupertino fugiu durante três anos e usou inúmeros disfarces • Reprodução
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Cupertino fugiu durante três anos e usou inúmeros disfarces • Reprodução
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Paulo Cupertino começa a ser julgado no Fórum Criminal da Barra Funda, no plenário 10. • Klaus Silva/TJSP
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Paulo Cupertino durante julgamento em SP • Klaus Silva/TJSP
Paulo Cupertino Matias, acusado do assassinato do ex-ator de “Chiquititas”, Rafael Henrique Miguel, e dos pais dele em 2019, enviou um pedido de habeas corpus em uma carta escrita a mão endereçada à Justiça. O pedido de habeas corpus foi apreciado e negado pela Justiça, que não reconheceu as alegações feitas pelo réu.
A carta, a qual a CNN teve acesso, tem nove páginas e, sob a ótica do acusado, condena a mídia dizendo que o processo está contaminado e que as provas de uma suposta “inocência” não seriam levadas em consideração pelos jurados durante o júri, que está marcado para o próximo dia 10 de setembro.
No documento, Paulo Cupertino pede por um juiz imparcial, assim como “toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua inocência”, segundo a carta.
“Bem antes da minha prisão venho sendo acusado, massacrado e perseguido de formas e informações totalmente desprovidas e mentirosas, “aximos” (sic) e suposições”, diz outro trecho.
Na parte em que condena os veículos que reproduziram reportagens sobre o crime e os três anos em que esteve foragido, Cupertino diz que os jurados podem ter receio de inocentá-lo.
“Terei a oportunidade de defesa que “estará” (sic) sete pessoas do povo, que com toda essa “exposições” (sico) e contaminações e formadores de opiniões negativas, formada pelos meios de comunicações, já estarão os jurados “infequitados” (sic) com o vírus da mídia e das irregularidades que “constão” (sic) nesse caso e sem contar o medo e o receio de pessoas e provas e tudo que possa provar minha “inocência”, diz.
Por fim, Cupertino reconhece que passou três anos foragido e que não se entregou por temer pela própria vida. Além disso, pede que o processo volte à fase inicial.
Relembre o caso
Em 9 de junho de 2019, Rafael Henrique Miguel e os pais dele, João Alcisio Miguel e Miriam Selma da Silva, foram assassinados quando levavam a namorada do ex-ator até a casa de Cupertino, na Zona Sul de São Paulo.
O crime chocou o país. Acusado pelo triplo homicídio, Cupertino conseguiu escapar das autoridades por três anos, e só foi capturado em maio de 2022 em um apartamento na Zona Sul de São Paulo.
Segundo o relato de Isabela, filha de Cupertino, no dia do crime, a mãe de Rafael pediu para conversar com o pai dela para falar sobre o relacionamento do jovem casal.
O que aconteceu na sequência, segundo o relato de Isabela, foram diversos tiros disparados em relação a Rafael e aos pais. A perícia contabilizou ao menos treze tiros. Os três morreram no local.