Dona de clínica estética é presa após morte de paciente em Goiás
Local acumulava diversas irregularidades e foi totalmente interditado
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Paciente sofreu choque anafilático em razão do produto injetado em seu rosto, teve uma parada cardiorrespiratória no local e, apesar de socorrida, morreu na noite do domingo, por morte cerebral. • Polícia Civil GO
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Dona da clínica foi presa, nesta segunda-feira (2), após realizar um procedimento médico que resultou na morte de uma paciente. • Polícia Civil GO
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Vítima foi atendida pela dona da clínica - que se apresenta como biomédica e enfermeira - na manhã do último sábado (30). • Polícia Civil GO
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Produtos utilizados na clínica não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) • Polícia Civil GO
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No local, foram encontrados produtos vencidos e anestésicos de uso hospitalar. • Polícia Civil GO
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Equipe policial foi ao estabelecimento para acompanhar a perícia e a fiscalização da Vigilância Sanitária, quando foram encontradas diversas irregularidades. • Polícia Civil GO
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Dona do local se apresentava como biomédica e enfermeira. • Polícia Civil GO
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Clínica apresentava materiais cirúrgicos não esterilizados. • Polícia Civil GO
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Clínica foi totalmente interditada após ficalização. • Polícia Civil GO
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A dona de uma clínica de estética foi presa, nesta segunda-feira (2), após realizar um procedimento médico que resultou na morte de uma paciente, no último domingo (1°), no Setor Parque Lozandes, bairro localizado na regiçao sul de Goiânia (GO).
Segundo a Polícia Civil de Goiás, a vítima foi atendida pela dona da clínica – que se apresenta como biomédica e enfermeira – na manhã do último sábado (30).
As investigações apontaram que a paciente sofreu um choque anafilático em razão do produto injetado em seu rosto, teve uma parada cardiorrespiratória no local e, apesar de socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), morreu na noite do domingo, por morte cerebral.
Ao serem acionados, nesta segunda-feira (2), a equipe policial foi ao estabelecimento para acompanhar a perícia e a fiscalização da Vigilância Sanitária, quando foram encontradas diversas irregularidades no local, dentre elas:
- Produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- Produtos vencidos;
- Anestésicos de uso hospitalar;
- Materiais cirúrgicos não esterilizados, entre outros problemas que resultaram na interdição total da clínica.
Segundo a polícia, a dona da clínica foi presa em flagrante pelos crimes de vender serviço ou mercadoria impróprios ao consumo, executar serviço de alto risco sem autorização legal e exercício ilegal da medicina.
Além da prisão, um inquérito foi instaurado para investigar as circunstâncias da morte da vítima, além de compreender a responsabilidade da autora pelo episódio, ou seja, identificar se o caso se enquadra como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) ou homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco por suas ações).
Procurada, a defesa da dona da clínica afirmou que a dona do estabelecimento tem habilitação para realizar os procedimentos e possui formação acadêmica em Biomedicina e Enfermagem.
“A clínica, no período em que realizou todos os atendimentos em suas clientes, estava devidamente regular, possuindo autorização de funcionamento bem como alvará da vigilância sanitária”, ressaltaram José Patrício Junior e Antonio Celedonio Neto, advogados que respondem pela defesa da empresária.
Já com relação aos medicamentos utilizados nas pacientes do local, a defesa afirmou que todos possuem autorização para serem comercializados e são adquiridos por meio de empresas que possuem autorização para fabricação, com emissão de nota fiscal e recolhimento de imposto.
“A Dra. em todo tempo colaborou com as investigações, prestou auxilio à sua paciente, bem como à família, sendo que esta informação está clara nos autos”, concluiu a defesa.
*Sob supervisão