Ex-namorado é suspeito pela morte de dentista encontrada carbonizada em SP, diz delegado

Delegado do caso diz que vítima tinha medida protetiva contra o ex-parceiro, que tentou invadir a casa dela em agosto

Letícia Cassiano, da CNN*, São Paulo
Corpo de Bruna Angleri foi encontrado carbonizado em sua casa, em Araras, interior de São Paulo
Corpo de Bruna Angleri foi encontrado carbonizado em sua casa, em Araras, interior de São Paulo  • Reprodução/Instagram
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O ex-namorado de Bruna Angleri é apontado como principal suspeito do homicídio, segundo o delegado Tabajara Zuliani dos Santos, que conduz as investigações.

O corpo da dentista, de 40 anos, foi encontrado carbonizado na manhã de quarta-feira (27), em Araras, no interior de São Paulo.

Bruna possuía uma medida protetiva contra o suspeito por ele ter invadido a casa em que ela morava com o filho, de seis anos, em agosto, disse o delegado à CNN.

Advogado do ex-namorado de Bruna, Wagner Moraes disse que seu cliente nega a autoria do crime e colabora com as investigações. "Deixou o celular para ser periciado, deu detalhes e nomes das pessoas com quem estava e onde estava, bem como os horários". O suspeito foi liberado pela polícia.

Agressões

O corpo da dentista foi encontrado deitado na cama em um dos cômodos do imóvel, que foi atingido por um incêndio. No entanto, segundo o delegado, é provável que Bruna já estivesse morta quando o fogo começou.

“A Bruna foi severamente agredida. O rosto estava cheio de fraturas, completamente deformado. Ela tinha alguns hematomas, uma costela fraturada, mas falta o exame toxicológico para saber se tinha CO2 (dióxido de carbono) na corrente sanguínea. O legista entende que provavelmente não tinha porque as vias aéreas dela estavam limpas. Então, o mais provável é que a face dela ficou tão deformada pelas pancadas que isso obstruiu as vias respiratórias”, disse Tabajara.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Polícia de Araras, e laudos periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).

*Sob supervisão de Marcos Rosendo