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    Mesmo com coronavírus, exportação brasileira para a China cresce em fevereiro

    Segundo o Ministério da Economia, o avanço foi de 20% em comparação a fevereiro do ano passado

    O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (2) que as exportações brasileiras para a China, Hong Kong e Macau cresceram 20% em fevereiro comparado ao ano passado, e que as vendas ainda não foram prejudicadas por conta do novo coronavírus. 

    No jornal Expresso CNN, Felipe Serigati, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmou que não é possível saber como será o cenário das exportações brasileiras para o mês de março. No entanto, segundo ele, há duas possíveis consequências do COVID-19 para o universo agro brasileiro.

    “De um lado, mais de curto prazo, é uma queda nas cotações (venderemos mais barato). O outro é o da quantidade (venderemos menos). Porém, os números divulgados hoje sugerem que esse canal da quantidade até o momento não foi contaminado”, disse.

    O efeito via preço é importante porque o Brasil exporta produtos agrícolas para diversos países, inclusive para aqueles que não têm problema com o novo coronavírus ou dificuldade de circulação. A cotação é uma só. “Ou seja, nós podemos acabar recebendo menos pelos nossos produtos independentemente de qual praça estejamos vendendo”, explica Seregati.

    Apesar de, no geral do país, as exportações brasileiras para a China terem crescido, o novo coronavírus já causa impactos negativos locais. As exportações de Goiás para o país caíram por conta da doença.

    O que preocupa os produtores de soja não só de Goiás, mas de todo o Brasil, é que as exportações caíram 4,2% em fevereiro, no comparativo com o mesmo mês do ano passado.

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