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    Fogo no Pantanal: Corumbá (MS) registra chuva pela primera vez em quatro meses

    Queimadas no Pantanal avançaram quase 400 mil hectares em apenas uma semana, segundo relatório do governo do Mato Grosso do Sul

    Guilherme GamaMarco Antonio Mendesda CNN , São Paulo

    A cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, registrou volumes de chuva pela primeira vez em quase quatro meses. O município, conhecido como capital do Pantanal, enfrenta um longo período de seca desde abril deste ano.

    Nesta quinta-feira (28), Corumbá (MS) registrou 27,8 milímetros de chuva, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A última vez que os moradores da cidade viram chuva foi no dia 11 de abril deste ano.

    A chuva começou na madrugada e seguiu ao longo de parte do dia. No começo da manhã desta quinta-feira (28), alguns pontos da cidade estavam cobertos pela fumaça das queimadas, cenário que foi aliviado pela precipitação.

    O município está em alerta laranja emitido pelo Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) para declínio de temperatura. A previsão indica que, nesta sexta-feira (29), Comrumbá (MS) deve ter máxima de 18ºC e mínima de 14ºC. As temperaturas voltam a subir nos próximos dias — na próxima quarta-feira (14), os termômetros devem atingir 34ºC.

    O estado de Mato Grosso do Sul está em alerta amerelo para tempestades, com ventos de até 60 km/h, de acordo com o Inmet. A capital do Pantanal está na zona de perigo.

    Fogo no Pantanal

    As queimadas no Pantanal avançaram quase 400 mil hectares em apenas uma semana, segundo relatório do governo do Mato Grosso do Sul obtido pela CNN.

    Na última terça-feira (30), eram 700 mil hectares que já tinham sido tomados pelo fogo apenas no Pantanal sul-mato-grossense. Já na terça (06), o número subiu para 1.089 milhão de hectares: uma alta de 55% em apenas 7 dias.

    Por conta do avanço do fogo, a BR 262 que liga Campo Grande (MS) a Corumbá (MS) teve que ser fechada pelos bombeiros. A travessia está sendo realizada com interrupções frequentes após as chamas chegarem à margem da rodovia.

    No Pantanal, de 1º de janeiro a 23 de junho, foram detectados 3.262 focos de queimadas, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período no ano anterior. Esse é o maior número da série histórica, de 1988, pelo Inmet.

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