Governo dá 10 dias para Azul e Gol explicarem problemas no SAC

Passageiros reclamaram que não conseguem falar com as companhias por telefone para obter informações

Basília Rodrigues
Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro
Passageiros reclamaram que não conseguem falar com as companhias por telefone para obter informações  • REUTERS/Sergio Moraes
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu notificar, nesta quinta-feira (23), as companhias Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A e Gol Linhas Aéreas S/A por descumprimento de normas gerais no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

As empresas têm 10 dias corridos, a partir do recebimento da notificação, para se manifestar. Passageiros reclamaram que não conseguem falar com as companhias por telefone para obter informações sobre suas viagens, tirar dúvidas, fazer reclamações.

A secretária nacional do consumidor, Juliana Domingues, disse à CNN que as averiguações preliminares vão apurar supostas irregularidades na conduta das companhias, o que pode resultar na aplicação de multas. A notificação traz os seguintes questionamentos:

Quais são os meios oficiais de atendimento disponibilizados ao consumidor?

  • Informar se possui, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com o atendente, de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços, nos termos do artigo 4º do Decreto nº 6.523/2008, que dita as normas de serviço do SAC;
  • Quanto tempo em média o consumidor leva para ser efetivamente atendido pelo
    SAC?
  • Por que os consumidores estão enfrentando dificuldades para conseguir contato com a empresa?
  • Justificar o motivo da opção "9" (falar com o atendente) estar desativado, já que o consumidor é encaminhado para opção "estrela", em que o atendimento não se completa.
  • Qual o prazo de retomada dos sistemas de atendimento direto ao consumidor pelo primeiro men

À CNN, a Azul informou que aguarda ser notificada antes de comentar o assunto. A Gol também foi procurada e ainda não se manifestou.

Na semana passada, o Ministério da Justiça notificou a Itapemirim Transportes Aéreos, também conhecida como Ita, para explicar por que cancelou voos às vésperas do natal.  A empresa alega que por "ajustes operacionais", o
Grupo Itapemirim suspendeu temporariamente todas as operações.