Greve em SP: governo decreta ponto facultativo no estado nesta terça (28)

Medida visa minimizar os impactos provocados pela greve no metrô e nos trens, que deverá ocorrer amanhã

Carolina Figueiredo, Fábio Munhoz, da CNN, Em São Paulo
Centro financeiro de São Paulo, avenida conta com apenas uma estação de metrô
Metrô da Linha 3--Vermelha  • Márcia Alves/Metrô SP
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O governo de São Paulo decretou ponto facultativo no estado para a próxima terça-feira (28). A medida, oficializada nesta segunda (27), visa diminuir os impactos provocados pela greve nos trens e no metrô, que deverá ocorrer amanhã.

Veja as reivindicações dos sindicatos participantes.

De acordo com o Palácio dos Bandeirantes, o decreto que oficializa o ponto facultativo será publicado no Diário Oficial do Estado. O governo garante que "os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça".

"As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo", acrescenta o governo.

Briga judicial

O governo paulista entrou na Justiça para tentar garantir o funcionamento dos trens e do metrô na região metropolitana do estado.

O pedido de tutela antecipada protocolado na Justiça tenta garantir a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

O governo afirmou, por meio de nota, que "age para que a população não seja prejudicada" e que "a greve é motivada por interesses políticos e a pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas".

Entenda a paralisação

Sindicatos de servidores públicos e órgãos ligados ao governo de São Paulo aprovaram na última quinta-feira (23) uma greve unificada para amanhã.

Além de Metrô e CPTM, a paralisação deverá afetar a Sabesp, a Fundação Casa e a rede estadual de ensino.

Em nota conjunta assinada pelos representantes sindicais, os trabalhadores reivindicam maior investimento nas áreas da educação e saúde e exigem que os serviços públicos paulistas –em especial a Sabesp– não sejam privatizados.

Outra greve com a mesma pauta foi realizada no dia 3 de outubro.