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    Justiça manda soltar cônsul alemão suspeito por morte de marido no RJ

    Uwe Herbert Hahn teve prisão preventiva decretada em 7 de agosto por investigação da morte do belga Henri Maximillen Biot

    Anna Gabriela CostaLucas Iottida CNN , Em São Paulo

    O cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn, foi solto, na tarde desta sexta-feira (26), após determinação da Justiça. Hahn teve prisão preventiva decretada em 7 de agosto por suspeita em envolvimento na morte do marido.

    O belga Henri Maximillen Biot, de 52 anos, foi encontrado morto na noite de 5 de agosto, no apartamento onde os dois moravam em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.

    A liberdade do cônsul foi concedida pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita alegou a ocorrência de” flagrante excesso de prazo para a propositura da ação penal”.

    “Assim, considerando o flagrante excesso de prazo para a propositura da ação penal, DEFIRO A LIMINAR, a fim de relaxar a prisão do paciente Uwe Herbert Hahn, determinando, para tanto, a imediata expedição de alvará de soltura”.

    De acordo com o TJRJ, a liminar determinou o relaxamento da prisão em razão de o Ministério Público, até a presente data, “não ter oferecido a denúncia contra o acusado, passados 09 dias do esgotamento do prazo legal de 10 dias”.

    O caso

    O cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na tarde de 7 de agosto, após passar por uma audiência de custódia.

    Segundo o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, o cônsul alegou que o esposo havia sofrido uma queda e batido a cabeça.

    “O corpo tem múltiplas lesões e a causa da morte é um traumatismo na nuca. A gente entende que a versão dele é incompatível com as provas produzidas pela perícia. A delegada Camila Lourenço, da 14º Delegacia (Leblon), entende que era o caso de autuação em flagrante”, disse Lopes à CNN no início de agosto.

    Na ocasião, a defesa do diplomata pediu o relaxamento da prisão, alegando que ele possui imunidade consular. Apesar disso, a Justiça entendeu que o benefício não se aplica ao caso, por se tratar de um episódio fora do ambiente consular e sem qualquer relação com as funções exercidas por Uwe Hahn.

    A Embaixada da Alemanha no Brasil e o Consulado Geral alegaram que não vão se pronunciar e vão aguardar o fim das investigações.

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