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    Justiça revoga prisão de torcedor da Mancha Verde investigado por emboscada

    Revogação da prisão de Henrique Moreira Lelis aconteceu após a análise de novos documentos e elementos apresentados pela defesa do integrante

    Julia Fariasda CNN* , em São Paulo

    A Justiça revogou o mandado de prisão temporária de um dos seis torcedores da Mancha Verde investigados pela emboscada contra torcedores da Máfia Azul, do Cruzeiro, no último dia 27, na Rodovia Fernão Dias, no interior de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), nesta quarta-feira (6).

    No último dia 30, os suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. Além disso, a Justiça determinou as apreensões de veículos identificados na briga e mandados de busca em diversos endereços.

    Segundo a pasta, a prisão temporária de Henrique Moreira Lelis foi revogada pelo Judiciário, a pedido da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), após a análise de novos documentos e elementos apresentados pela defesa do integrante.

    “A 3ª Delegacia de investigações de Homicídios Múltiplos (tentados ou consumados ), da Divisão de Homicídios do DHPP, prosseguirá com inquérito policial, que investiga os crimes de homicídio, tentativa de homicídio, lesões corporais, incêndio e dano”, ressaltou a SSP-SP, em nota.

    De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Henrique foi identificado por imagens de viralizaram nas redes sociais no local da emboscada contra a Máfia Azul. Veja aqui quem são os integrantes da Mancha Verde que a justiça mandou prender por emboscada.

    A CNN busca contato com a defesa dos integrantes investigados e o espaço segue aberto para manifestações.

    Emboscada

    Uma emboscada contra a torcida do Cruzeiro preparada pela Mancha Verde, organizada do Palmeiras, deixou 17 feridos e um morto na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, no interior de São Paulo, na madrugada do último dia 27.

    O confronto aconteceu no trecho do quilômetro 65 da rodovia, sentido Belo Horizonte, por volta das 5h da manhã, quando o coletivo da torcida do Cruzeiro teria sido interceptado pelos palmeirenses, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

    Ao menos 18 vítimas, todas torcedores do Cruzeiro, já foram identificadas, sendo uma fatal, um homem de 30 anos. Em 2022, as duas torcidas se enfrentaram na mesma rodovia onde aconteceu a briga no final do mês passado.

    Segundo o MP, que chamou a situação de “selvageria”, além de acompanhamento das investigações da Polícia Civil, foi determinado que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) entre no caso.

    Facções criminosas

    A determinação foi do Procurador Paulo Sérgio de Oliveira e Costa que afirmou que “há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, justificando a intervenção do GAECO”.

    Para Paulo, o episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade. “É em nome do princípio da transparência que o MPSP realça o seu firme compromisso de oferecer a resposta adequada às cenas de selvageria registradas”, disse em nota.

    *Sob supervisão

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