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    Manaus tem qualidade do ar “péssima” em mais um dia de fumaça

    Indicação é de níveis elevados de poluentes no ar, como partículas finas (PM2.5), provenientes principalmente da queima de biomassa, que se tornam ainda mais intensas durante o período de estiagem e queimadas

    Carol Queirozda CNN , em Manaus

    Manaus amanheceu nesta terça-feira (27) sob uma densa camada de fumaça, que compromete a qualidade do ar em diversos bairros da capital.

    Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), ferramenta da Universidade Estadual do Amazonas, a situação é classificada, em muitos pontos da cidade, como “péssimo” e “muito ruim”.

    Com essa medição, a indicação é de níveis elevados de poluentes no ar, como partículas finas (PM2.5), provenientes principalmente da queima de biomassa, que se tornam ainda mais intensas durante o período de estiagem e queimadas.

    Quando o ar é classificado como “muito ruim”, já representa um risco à saúde, especialmente para grupos sensíveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com problemas respiratórios ou cardíacos. A classificação “péssima” é um sinal de alerta máximo, onde até mesmo pessoas saudáveis podem começar a sentir os efeitos adversos da exposição ao ar poluído.

    Entre os sintomas mais comuns relatados em dias de qualidade do ar ruim estão irritação nos olhos, nariz e garganta, tosse, falta de ar, e agravamento de doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite.

    Médicos e especialistas alertam que, em dias de fumaça intensa, é fundamental tomar algumas precauções como evitar atividades físicas ao ar livre, manter-se hidratado, utilizar máscaras PFF2/N95 e permanecer em ambientes fechados, caso possível.

    As autoridades de saúde também recomendam que, em casos de dificuldade respiratória severa, busque atendimento médico imediato.

    Conforme o último boletim sobre a estiagem divulgado pelo Governo do Amazonas, de junho até o dia 25 de agosto, mais de 10,451 mil focos de incêndio foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Sendo 868 incêndios na capital e 9,5 mil no interior do estado.

    O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) já realizou 306 embargos, totalizando 16.664,0109 hectares de áreas embargadas. Foram aplicadas multas no valor de R$ 83,9 mil com 291 autos de infração e 27 termos de apreensão lavrados, além de 161 prisões e detenções relacionadas a crimes ambientais.

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