Marina Silva: Política ambiental do Brasil pode ser compartilhada com países Amazônicos
Ministra também afirmou que os povos tradicionais estão plenamente representados na agenda ambiental
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, afirmou, durante o segundo dia dos Diálogos Amazônicos, em Belém, que o Brasil tem condições técnicas para liderar discussões sobre meio ambiente e que pode compartilhar sua política ambiental com outros países amazônicos.
“O Brasil já tem um plano de prevenção contra o desmatamento, o Brasil já tem um sistema de monitoramento do desmatamento em tempo real. O Brasil já está fazendo seu plano de transição ecológica e de agricultura de baixo carbono. Tudo isso podemos compartilhar com os países irmãos e eles podem compartilhar conosco os avanços deles. Queremos trabalhar conjuntamente, respeitando as responsabilidades comuns, porém diferenciadas de cada um”, disse.
Veja imagens da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo
- 1 de 26
Foto de um macaco-barrigudo (Lagothrix lagotricha) visto na Amazônia colombiana, em abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 2 de 26
Vista geral do rio Amazonas passando pelo departamento de Amazonas, na Amazônia colombiana. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 3 de 26
Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
-
- 4 de 26
Cheia do rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia brasileira, em Mocoa, na Amazônia colombiana, em maio de 2022. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 5 de 26
Pegadas humanas deixadas na lama da selva amazônica, na Amazônia colombiana, em abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 6 de 26
Ponte sob o rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia colombiana, na cidade de Mocoa, em maio de 2022. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
-
- 7 de 26
Imagem aérea de zona desmatada na floresta amazônica no estado do Acre, na Amazônia brasileira, em julho de 2022. • Rafael Vilela for The Washington Post via Getty Images
- 8 de 26
Boto é visto no rio Amazonas, na Colômbia, na Amazônia, em 4 de abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 9 de 26
Fazendeiro olha para fumaça que sobe de incêndio em Alto Rio Guamá, na Amazônia brasileira, em setembro de 2020. • João Paulo Guimarães/picture alliance via Getty Images
-
- 10 de 26
Vista de casa construída à margem do rio Limoeiro, no norte da Amazônia brasileira, em Limoeiro do Ajuru. • Dieh Sacramento/picture alliance via Getty Images
- 11 de 26
Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 12 de 26
Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020. • Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
-
- 13 de 26
Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020. • Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
- 14 de 26
Vista da floresta amazônica pela proa de um barco, na cidade de Leticia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 15 de 26
Plantas industriais na floresta amazônica, em Manaus, na Amazônia brasileira, em janeiro de 2023. • Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
-
- 16 de 26
Fotografia aérea de seção da floresta amazônica desmatada por incêndios, na região de Candeias do Jamari, em Porto Velho, na Amazônia brasileira, em agosto de 2019. • Victor Moriyama/Getty Images
- 17 de 26
Vista do rio Amazonas na cidade de Letícia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 18 de 26
Rio recorta os meandros da Amazônia brasileira em Manaus. Fotografia de janeiro de 2023. • Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
-
- 19 de 26
Casal de araras em ninho na Amazônia, em Roraima, em fotografia de novembro de 2017. • Ricardo Funari/Brazil Photos/LightRocket via Getty Images
- 20 de 26
Família de pai e filhas carregam balde d'água na rodovia Transamazônica, no estado do Pará, na Amazônia brasileira, em novembro de 2017. • Ricardo Funari/Brazil Photos/LightRocket via Getty Images
- 21 de 26
Gado é visto em pasto na bacia do alto rio Amazonas, em Rondônia. • Marica van der Meer/Arterra/Universal Images Group via Getty Images
-
- 22 de 26
Acampamento de pesquisa do Amazon Tall Tower Observatory do Instituto Max Planck, na Amazônia brasileira, em Manaus, em janeiro de 2023. • Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
- 23 de 26
Casal de trinta-réis-grandes, também chamados de andorinha-do-mar, trinta-réis e gaivota, na Amazônia colombiana, em abril de 2023. • Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
- 24 de 26
Ponte suspensa na floresta amazônia, na Amazônia peruana. • Kike Calvo/Universal Images Group via Getty Images
-
- 25 de 26
Imagens tiradas de um hidroavião mostram nuvens passando pela floresta amazônica, em Manaus, em janeiro de 2023. • Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
- 26 de 26
Caminhão levanta poeira em estrada da Amazônia enquanto viaja em porção desmatada da floresta amazônica, próximo de Chupinguaia, em Rondônia, em junho de 2017. • Mario Tama/Getty Images
A ministra também defendeu que a prioridade da agenda é a representatividade da sociedade civil. Segundo ela, a prerrogativa é da sociedade, sendo que o governo é apenas um facilitador.
Marina ressaltou que os povos tradicionais estão plenamente representados na agenda ambiental. “Quando o presidente Lula (PT) fez a convocação da cúpula, ele pensou em dois trilhos. O trilho da sociedade civil, fazendo os diálogos, e o encontro dos presidentes. Os presidentes vão fazer um comunicado em conjunto, mas antes eles receberão um comunicado conjunto da sociedade civil. Cada grupo temático transversal vai levar para os presidentes quais são as suas propostas e quais são as suas prioridades”, disse.
Marina também afirmou que a discussão terá um caráter prático, por meio de uma política transversal, mas que respeite, segundo ela, as particularidades de cada região.
“O que queremos é que essa cúpula, que demorou 14 anos para acontecer novamente, não seja mais um evento, mas seja um momento de termos uma ação conjunta entre os 18 países da Amazônia e que a OTCA possa ser fortalecida e ser a ferramenta de implantação dessas decisões”, enfatizou, referindo-se a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, uma organização intergovernamental, formada por oito países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
“Para isso, vamos precisar de recursos técnicos e, sobretudo, de uma decisão política de um novo modelo para a região, respeitando a autonomia de cada país”, afirmou Marina.