Morre motorista de carro que explodiu em posto no Rio

Informação foi confirmada pelo Hospital Municipal Salgado Filho

Cristina Índio do Brasil, da Agência Brasil
Carro explode durante abastecimento com GNV, na zona norte do Rio de Janeiro
Carro explode durante abastecimento com GNV, na zona norte do Rio de Janeiro  • Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil
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O motorista Mário Magalhães da Penha, 67 anos, que se feriu na última terça-feira (26) após a explosão do seu carro em um posto de combustíveis no Rio de Janeiro, morreu na madrugada desta quarta (27) no Hospital Municipal Salgado Filho. Ele foi internado logo após o acidente, que ainda destruiu o veículo e parte da estrutura da cobertura do posto.

“A direção do Hospital Municipal Salgado Filho informa que, infelizmente, o paciente Mário não resistiu e faleceu durante a madrugada”, informou a Secretaria Municipal de Saúde.

Uma mulher, que também se feriu na explosão, foi atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e recebeu alta ontem mesmo.

Mário Magalhães foi atingido ao abrir o porta-malas do veículo e foi arremessado com o impacto, segundo as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.

Investigação

A Polícia Civil abriu um procedimento investigativo para apurar o acidente e peritos foram ao local. Testemunhas foram ouvidas e a polícia analisa as imagens. Entre outras coisas, será investigado qual era o estado de conservação do cilindro de gás do veículo.

A concessionária Naturgy informou que é responsável apenas pelo fornecimento do gás natural veicular (GNV) e não pela inspeção dos veículos. Já o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que a licença do posto de combustíveis é concedida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Fiscalização

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulatório vinculado ao Ministério de Minas e Energia, aguarda as conclusões da perícia técnica da Polícia Civil. “O posto será autuado caso se comprove sua responsabilidade”, completou, em nota.

“Ressaltamos que a ANP fiscaliza as instalações do posto e, no caso do GNV, o limite de pressão máximo de abastecimento, que é de 220 bar”, completou.

A ANP destacou que não tem atribuição legal para atuar se o problema estiver relacionado à má instalação ou manutenção do kit GNV do veículo. As oficinas que realizam estes serviços precisam ser credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

“O risco de ocorrência de acidentes que ocasionam explosões de cilindros se deve ao procedimento de instalação e manutenção não adequados e realizados em oficinas não credenciadas por esse órgão”, acrescentou.

O Inmetro recomenda a manutenção anual do kit GNV e que, durante os abastecimentos, os motoristas e passageiros saiam do carro e se posicionem à sua frente. “Veículos que estiverem aguardando atendimento devem ser mantidos a uma distância segura daqueles que estiverem sendo abastecidos”, concluiu.