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    “Não vou deixar o Rio se transformar num centro de São Paulo”, diz Eduardo Paes

    Prefeito do Rio estuda plano de internação compulsória e tem recebido críticas da comunidade científica

    João Victor AzevedoVictor Aguiarda CNN*

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou na manhã desta quinta-feira (23) que não vai deixar a cidade “se transformar num centro de São Paulo, numa Cracolândia”. A fala aconteceu no evento de entrega das obras de Revitalização do Cais do Valongo, no centro da capital fluminense.

    Sob o comandando do médico sanitarista e secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz (PSD), Paes diz que a administração municipal elabora um plano para ajudar os dependentes químicos que recusam acolhimento.

    Paes afirmou ainda que não vai assistir passivamente as pessoas “morrerem nas ruas por drogadição” e finalizou citando mais uma vez a Cracolândia, ao se referir a situação vivida por dependentes químicos na capital paulista, “não pode ser normalizado”.

    Plano de internação compulsória de usuários de drogas

    Na terça-feira (21), o prefeito Eduardo Paes (PSD), em publicação feita no X, disse que a prefeitura solicitou a preparação de uma proposta que viabilize a internação compulsória de dependentes químicos que vivem nas ruas do Rio de Janeiro.

    O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz (PSD) está incumbido de implementar as medidas.

    Em entrevista à CNN Brasil, Soranz contou que o programa será permanente e realizado em unidades próprias do município, sob supervisão de profissionais de saúde habilitados para tratar dependência química. O secretário também afirmou que haverá critérios para as internações.

    A medida, no entanto, não é recomendada por órgãos internacionais. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em relatório publicado a respeito da internação compulsória como forma de reabilitação de usuários, afirmou que “o tratamento compulsório de drogas é antiético, ineficaz para melhorar os resultados da saúde e segurança pública e está associado a impactos negativos em relação à reincidência criminal e ao uso de drogas.”

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