Mãe de recém-nascida mudou versões sobre sequestro em Alagoas; entenda
Polícia Civil revelou que, ao todo, mãe apresentou cinco versões diferentes sobre desaparecimento da filha
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Eduarda de Oliveira, de 22 anos, confessou pra polícia o assassinato da filha, de 15 dias • Reprodução
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Corpo de Ana Beatriz foi encontrado na casa da família • CNN
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Corpo foi encontrado na casa da família • Divulgação/Polícia Civil
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Bebê foi encontrado em armário com produtos de limpeza • Divulgação/Polícia Civil
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Imagens mostram o local em que o corpo foi encontrado. • Divulgação/Polícia Civil
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Polícia Científica trabalhando após o corpo ser encontrado • Divulgação/Polícia Civil
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Corpo foi encontrado na casa da família • Divulgação/Polícia Civil
Em coletiva concedida na noite desta segunda-feira (14), a Polícia Civil de Alagoas afirmou que a mãe da recém-nascida Ana Beatriz, deu diversas versões sobre o sequestro da criança.
Na última sexta-feira (11), a genitora teria afirmado que sua filha foi arrancada dos seus braços e levada por quatro pessoas dentro de um carro. Porém, os investigadores afirmam que essa versão não corresponde aos fatos.
Relembre versão sobre sequestro de recém-nascida no interior de Alagoas
A inconsistência dos depoimentos da mãe teve um impacto significativo no progresso e no foco da investigação policial. Inicialmente, a polícia trabalhou com a versão da mulher de que a bebê Ana Beatriz foi sequestrada por quatro criminosos em um Corsa Classic preto, enquanto ela esperava o transporte escolar em uma parada de ônibus.
O corpo da bebê Ana Beatriz foi encontrado no quintal da casa da família nesta terça-feira (15).
Com base nessa informação, a polícia realizou diversas diligências, incluindo a busca pelo veículo descrito e a abordagem de um suspeito em Pernambuco, que dirigia um carro com características semelhantes. No entanto, esse suspeito foi liberado após comprovar sua inocência.
Conflito de versões
Posteriormente, investigações e depoimentos de testemunhas contrariaram a versão inicial da mãe, indicando que ela não estava na beira da BR-101 com a criança, no momento alegado.
Diante das inconsistências, a mulher apresentou novas versões dos fatos, incluindo uma de que teria dormido com o portão aberto e a criança teria sido levada, e outra de que teria sofrido abuso sexual e o rapto da criança seria uma vingança contra o marido.
A Polícia Civil revelou que, ao todo, a mãe apresentou cinco versões diferentes sobre o desaparecimento da filha. Essa multiplicidade de relatos conflitantes demandou que a polícia gastasse “toda a energia da Polícia Militar, da Polícia Civil em verificar cada um uma das situações”, conforme informou o delegado responsável pelo caso.
Cada nova versão precisou ser apurada, o que desviou o foco de outras possíveis linhas de investigação e tornou o trabalho policial mais lento e complexo.
Apesar das inconsistências, a investigação mantém o objetivo principal de encontrar Ana Beatriz, apurando cada versão apresentada pela mãe na esperança de que alguma delas leve ao paradeiro da criança.
A polícia ressalta que a situação é delicada, considerando a possibilidade de a mãe estar em estado de puerpério e necessitando de suporte psicológico. A investigação prossegue para encontrar Ana Beatriz e apurar os fatos em relação à mãe, sem tratá-la inicialmente como culpada ou inocente.