Médicos são indiciados pela morte de gestante em Alagoas

Profissionais respondem pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar

Bruno Araújo, colaboração para a CNN, no Recife
Caso ocorreu no Hospital Regional de Arapiraca, em Alagoas  • MPAL/Divulgação
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Dois médicos plantonistas do Hospital Regional de Arapiraca, em Alagoas, foram indiciados pela Polícia Civil pela morte de Cíntia Soares Farias, de 25 anos, no dia 4 de fevereiro deste ano.

Os profissionais vão responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por inobservância de regra técnica durante o atendimento pós-parto. Os nomes deles não foram divulgados.

O delegado Edberg Oliveira disse que Cíntia saiu da cidade de Batalha, no interior, para dar à luz em Arapiraca. Ela deu entrada na maternidade do hospital por volta das 5h da manhã, foi atendida às 10h e passou por uma cesariana.

Após o procedimento, a paciente apresentou hemorragia pós-parto. Mesmo com os sintomas, ela teria sido encaminhada para a enfermaria e permaneceu por cerca de seis horas sem atendimento adequado, segundo a Polícia Civil. Só por volta das 16h foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde recebeu transfusão de três bolsas de sangue, mas não resistiu e morreu às 22h15 do mesmo dia.

O inquérito, concluído e encaminhado ao Poder Judiciário nesta terça-feira (13), afirma que os médicos indiciados deixaram de agir com a rapidez e o cuidado exigidos para o caso, o que pode ter contribuído diretamente para a morte da paciente. Os médicos indiciados não tiveram os nomes divulgados.

A CNN entrou em contato com o hospital onde o caso aconteceu, mas a unidade de saúde ainda não respondeu.

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