Após conflito entre indígenas e posseiros, policiamento é reforçado na BA
Território indígena Pataxó foi local de confronto entre indígenas e posseiros; pai e filho foram mortos em disputa fundiária
Após um conflito entre indígenas e posseiros que deixou dois mortos, um ferido e resultou na prisão de quatro pessoas, na última terça-feira (28), o Governo da Bahia reforçou o policiamento na zona rural de Itamaraju, no extremo sul da Bahia.
Segundo a PMBA (Polícia Militar da Bahia), o confronto ocorreu durante uma tentativa de retomada de área por indígenas dentro dos limites da terra Pataxó Barra Velha do Monte Pascoal. A ação, que reúne equipes das Polícias Militar e Civil, com apoio da Força Nacional, foi intensificada para garantir a segurança na região, nesta quarta-feira (29).
Segundo a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia), o reforço policial tem como objetivo prevenir novas ações criminosas, garantir a segurança da população e preservar o patrimônio público e privado, tanto em territórios indígenas quanto em propriedades rurais retomadas ou invadidas.
Conflito deixou duas pessoas mortas
O confronto ocorreu na manhã de terça-feira (28), e resultou na morte de Alberto Carlos dos Santos, de 59 anos, e Amauri Sena dos Santos, de 37, pai e filho, que foram encontrados mortos no local. Uma terceira pessoa, Joabson Lima Alves dos Santos, também filho Alberto, foi socorrida e encaminhada a um hospital da região, onde permanece em estado grave.
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu durante um conflito em uma área de disputa fundiária. No local, a polícia encontrou as vítimas já sem vida e apreendeu armas de fogo, munições e um veículo utilizado pelos suspeitos.
Quatro suspeitos presos
A Delegacia Territorial de Itamaraju, em ação conjunta com a Polícia Militar, prendeu quatro suspeitos de envolvimento no duplo homicídio e na tentativa de homicídio. Segundo a Polícia Civil, um dos detidos foi autuado em flagrante por homicídio, enquanto os demais vão responder por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Os presos foram transferidos para o presídio de Teixeira de Freitas, onde permanecem à disposição da Justiça. As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do crime e identificar outros possíveis envolvidos.