Juliette cobra Justiça pela morte de amiga pelo ex-companheiro no Ceará

A vencedora do Big Brother Brasil 2021 e advogada Juliette Freire voltou a se manifestar nas redes sociais sobre o assassinato da enfermeira Clarissa Costa Gomes, morta em julho deste ano pelo ex-namorado, em Fortaleza (CE). A vítima, de 31 anos, era amiga da artista.

Nesta quarta-feira (29), a Justiça realiza a audiência de instrução de Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, acusado do crime. Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará, a sessão teve início às 9h30, no Fórum Clóvis Beviláqua, e inclui os depoimentos de testemunhas e o interrogatório do réu, que está preso preventivamente desde julho.

“O luto agora é luta”

Em um vídeo publicado na noite de terça-feira (28), Juliette desabafou sobre a perda da amiga e cobrou justiça. A artista afirmou se sentir “impotente” e destacou a necessidade de discutir com mais urgência a violência contra mulheres no país.

“Esfaqueada 34 vezes pelo seu primeiro namorado. Foi assim que eu perdi a minha amiga Clarissa. [...] Sabe o que pode ser ainda mais violento? O nosso silêncio. Desde julho, quando tudo aconteceu, eu não paro de pensar em como a gente não viu os sinais”, disse Juliette.

A cantora também mencionou outros casos recentes de agressões e feminicídios e citou dados sobre a violência de gênero no Brasil:

“A cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. A cada seis minutos, uma mulher ou menina é violentada. Nós somos o quinto país que mais mata mulheres no mundo”, destacou a ex-BBB.

O crime

Clarissa foi morta na tarde de 9 de julho de 2025, dentro de casa, no bairro Jardim Cearense, em Fortaleza. Segundo testemunhas, vizinhos ouviram gritos de socorro por volta das 15h, mas o som abafado impediu que localizassem a origem.

De acordo com as investigações, o autor do crime não aceitava o fim do relacionamento. Matheus Anthony Lima Martins Queiroz e Clarissa teriam discutido na residência da vítima. Durante o desentendimento, ela afirmou que não queria retomar o relacionamento, momento em que foi agredida e golpeada com facadas.

Após o crime, Matheus fugiu, mas foi localizado e preso pela Polícia Civil em um condomínio na capital cearense. Ele foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.

Clarissa trabalhava no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e era formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). O caso foi tipificado como feminicídio.

A reportagem tenta localizar a defesa do réu. O espaço permanece aberto para manifestações.