Quadrilha do CV é presa por venda de remédios controlados no Ceará
Operação cumpriu mandados em sete cidades e apreendeu mais de 200 caixas de remédios tarja preta

A PCCE (Polícia Civil do Ceará) prendeu 30 integrantes do CV (Comando Vermelho) durante a Operação “Ad Aeternum”, deflagrada nesta quinta-feira (16), em sete municípios do estado. A ação revelou um esquema de comércio ilegal de medicamentos controlados, que funcionava em feiras livres e farmácias, e resultou na apreensão de mais de 200 caixas de remédios tarja preta e psicotrópicos.
A investigação teve início em 2024, com base em interceptações telefônicas e na análise de celulares apreendidos durante operações relacionadas a homicídios e tráfico de armas.
De acordo com a Polícia Civil, as diligências revelaram que integrantes do CV também atuavam em um esquema paralelo de venda clandestina de medicamentos. O nome da operação, “Ad Aeternum”, faz alusão à longa duração das investigações, que ao longo de meses reuniram diferentes fases em um único inquérito, consolidando as provas contra o grupo criminoso.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, cinco pessoas foram presas em flagrante. Dessas, apenas uma não possuía mandado de prisão em aberto. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de prisão, sendo 15 contra suspeitos que estavam em liberdade e 10 contra indivíduos já detidos em unidades prisionais. As ações foram realizadas nos municípios de Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Aracati, Beberibe, Icapuí e Taíba.
A operação foi coordenada pela 1ª DP (Delegacia de Polícia de Caucaia) e pela 1ª Delegacia Seccional da Região Metropolitana, ambas vinculadas ao DECAP (Departamento de Polícia Metropolitana). Mais de 200 policiais civis participaram da ação.
Segundo os investigadores, o grupo criminoso lucrava valores expressivos com a revenda ilegal de medicamentos, especialmente os utilizados no tratamento do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). A Polícia Civil ainda não concluiu o balanço do material apreendido, mas estima que apenas os remédios controlados voltados ao tratamento do TDAH somem cerca de R$ 50 mil.
Também foram apreendidos medicamentos abortivos, antibióticos como Amoxicilina, anti-inflamatórios como Ibuprofeno, além de dinheiro em espécie e aproximadamente dois quilos de maconha.