Anac proíbe aumento de voos após aviões atolarem em Fernando de Noronha
Operações sofreram restrições após uma aeronave da Azul atolar no domingo (22) e avião da Gol afundar uma semana depois (29) no aeroporto do arquipélago

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aplicou medidas cautelares no Aeroporto de Fernando de Noronha após dois aviões afundarem na pista na mesma semana. Entre as determinações está a proibição do aumento da frequência de voos e operações simultâneas no local. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (4).
No domingo, 22 de junho, uma aeronave da Azul Linhas Aéreas ficou atolada no aeroporto de Fernando de Noronha após o trem de pouso traseiro afundar no asfalto durante o procedimento de "pushback", etapa anterior à decolagem.
Outro incidente aconteceu no dia 29 de junho, uma semana depois do primeiro avião atolar. Desta vez, uma aeronave da Gol afundou após o asfalto ceder durante o procedimento de taxiamento. O voo sairia da ilha com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, mas precisou ser interrompido.
Em nota, a Anac afirmou que decidiu restringir as operações para garantir a segurança no aeroporto. A decisão foi comunicada ao operador aeroportuário, às empresas aéreas e ao governo de Pernambuco.
Em 18 de março, a Anac suspendeu decisão cautelar anterior, de outubro de 2022, que proíbia operações de aeronaves a jato em Noronha. Com as novas ocorrências, a agência viu a necessidade de retomada das obras de infraestrutura.
Segundo a nota, o objetivo das medidas adotadas é preservar a continuidade do transporte aéreo de passageiros e manter os níveis adequados de segurança operacional na ilha.
Entre as principais medidas estão:
- O congelamento da quantidade de voos autorizados
- A limitação de operações simultâneas entre aeronaves comerciais e da aviação geral durante os horários da aviação regular
- A redução do parâmetro de resistência do pavimento divulgado nas publicações aeronáuticas, como forma de limitar o peso das aeronaves que operam no aeroporto
A Anac afirmou que segue monitorando a situação e poderá adotar novas providências a qualquer momento, caso sejam identificadas condições que comprometam a segurança operacional no aeroporto.
A CNN entrou em contato com a administradora do aeroporto e com o governo de Pernambuco. O espaço segue aberto.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo